Quem se propôs a reerguer Museu Nacional? Lista tem Egito e Família Imperial brasileira
Em um esforço coletivo para reconstruir o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, após o incêndio que atingiu o prédio e destruiu objetos inestimáveis para a Ciência e a História do Brasil, entidades do mundo inteiro, Governos e até a Família Imperial Brasileira ofereceram doações e apoio com acervo, pesquisadores e técnicos.
Ofertas de ajuda para reconstrução do Museu Nacional
Autoridades e órgãos internacionais se sensibilizaram com a destruição de boa parte do acervo do Museu Nacional, atingido por um incêndio no domingo, 2 de setembro, e ofereceram ajuda para reerguer a instituição cultural e científica da Quinta da Boa Vista, no Rio,
Em uma união de esforços, Unesco, Governos de diversos países, a diretoria da organização National Geographic Society e até a Família Imperial Brasileira se dispuseram a apoiar a reconstrução do Museu.
A Unesco informou que coloca à disposição do governo brasileiro "toda a expertise, particularmente no campo da proteção e da conservação do patrimônio cultural, para tentar atenuar as consequências desta tragédia".
Vale lembrar que, após a notícia de que o acervo do Museu foi destruído pelas chamas, a agência da ONU emitiu comunicado afirmando que o incidente “expõe fragilidade” dos mecanismos brasileiros de preservação de bens culturais.
A organização National Geographic Society, de acordo com informação da Rádio O Globo, também vai arregaçar as mangas para recompor o Museu.
A informação é de que o diretor-executivo da entidade, que publica a revista National Geographic, se comprometeu com o embaixador brasileiro em Washington, Sérgio Amaral, a ajudar financeiramente e doar parte de seu acervo com itens originais e cópias. Não foi informado, entretanto, o tipo de objeto que seria doado.
Família Imperial brasileira também pode contribuir
Em entrevista ao site G1 ao acompanhar o trabalho após o incêndio, o príncipe Dom João de Orleans e Bragança, um dos membros da Família Imperial do Brasil, disse que pode emprestar peças de seu acervo para a reconstrução do Museu. O prédio foi residência das famílias real portuguesa e imperial brasileira, antes de se tornar o Museu.
Apoio de Governos
Muitos governos também estão unidos na tarefa. O presidente da França, Emmanuel Macrom, e o ministro da Cultura de Portugal, Luís Filipi Castro Mendes, estão à disposição do Governo brasileiro, assim como a Embaixada do Egito. O órgão, aliás, poderá prestar assistência nas áreas de arqueologia e museologia.
Vale lembrar que o Museu Nacional abrigava uma vasta coleção de múmias egípcias, reunidas por D. Pedro II.
A China e o Chile também entraram em contato com as autoridades brasileiras e anunciaram estarem disponíveis para ajudar como for possível. O Governo chileno, aliás, ofereceu apoio para os acervos de arqueologia e preservação do patrimônio.
Etapas de reconstrução
De acordo com o Governo, a ideia é reerguer o Museu Nacional em quatro etapas: a primeira será mais para "arrumar a casa", realizar intervenções emergenciais, levantamento da estrutura e consolidar um inventário do acervo, além de separar o que puder ser salvo entre os escombros.
A segunda fase, de acordo com a Agência Brasil, depende da finalização da perícia pela Polícia Federal, para, então, ser feito um projeto básico e um projeto executivo da reconstrução do museu.
A terceira será, de fato, marcada pela reconstrução. Em paralelo a essas etapas, há a intenção de se promover uma campanha internacional para recompor o acervo do Museu Nacional, por meio de doação e aquisição de objetos.
"Óbvio que sobre o acervo perdido não é possível fazer nada. Mas no menor prazo possível, a ideia é que a gente possa recuperar o edifício e fazer a recomposição do acervo", disse o ministro da Cultura, Sérgio de Sá Leitão.
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