Crianças de 1 a 5 anos devem ser vacinadas contra pólio e sarampo (até quem já tomou)
A Campanha Nacional de Vacinação Contra Poliomielite e o Sarampo chega ao fim nesta sexta-feira (31), mas o Ministério da Saúde orienta todos os estados e municípios que ainda não atingiram a meta a realizarem o segundo "Dia D" de imunizações contra as doenças no próximo sábado (1º).
Segundo informa o órgão, Amapá é o único estado até agora a superar a meta de vacinação, tendo atingido 100% do público-alco tanto para a pólio quanto para o sarampo. Já os estados com menor cobertura são Rio de Janeiro e Roraima.
A campanha do governo federal ocorre em meio ao surto de sarampo registrado no Brasil e à baixa cobertura vacinal de pólio no país. Mesmo crianças que já se vacinaram devem ser levadas aos postos para dose de reforço.
O governo lembra que a mobilização do dia 1º de setembro é de responsabilidade de cada município. Assim, é necessário entrar em contato com a Secretaria de Saúde da sua cidade para verificar quais postos abrirão no "Dia D".
Surto de sarampo e poliomelite
De acordo com o Ministério da Saúde, 1.553 casos de sarampo já foram confirmados no país e 6.975 permanecem em investigação. Dois estados enfrentam surto da doença: Amazonas, com 1.211 confirmações e 6.905 em investigação, e Roraima, que atestou 300 casos e ainda averigua outros 70.
Além disso, foram registradas 7 mortes pela doença até agora.
Em relação à poliomielite, o MS constata que 312 municípios brasileiros estão com cobertura vacinal abaixo de 50%, sendo 95% o esperado. Isso significa que, nestes locais, metade das crianças que deveriam estar vacinadas não estão protegidas.
Campanha de vacinação contra pólio e sarampo
Período de vacinação
O primeiro "Dia D" da campanha, data de mobilização nacional quando mais de 36 mil postos são abertos simultaneamente para a oferta de vacinas, ocorreu no dia 18 de agosto.
Agora, a segunda etapa, que ocorre no dia 1º, visa atingir as 2,6 milhões de crianças que ainda não foram imunizadas. Segundo o Ministério da Saúde, a campanha contemplou 76,1% do público-alvo, tendo distribuído mais de 17 milhões de doses da vacina (cerca de 8,5 milhões de cada).
Quem pode receber a vacina?
O foco da campanha são crianças com idade entre 1 anos e 5 anos incompletos (4 anos e 11 meses).
A campanha deste ano é indiscriminada e pretende vacinar todas as crianças dessa faixa etária – ou seja, as que já receberam todas as doses previstas e também as que ainda não foram vacinadas – para que a cobertura vacinal seja homogênea.
Tipos de vacinas ofertadas
No caso da vacina de pólio, crianças que já tomara uma ou mais dose da vacina receberão a VOP (Vacina Oral Poliomielite), a conhecida “gotinha”. As que nunca tomaram nenhuma dose da vacina de pólio na vida receberão a do tipo VIP (Vacina Inativada Poliomielite), que é injetável.
No caso do sarampo, todas as crianças receberão uma dose da tríplice viral, independente da situação vacinal. A única restrição é que a criança não tenha sido vacinada nos últimos 30 dias.
Onde encontrar as vacinas
Para saber onde tomar a vacina, a população deve consultar a oferta de cada sistema de saúde local. Para isso, basta entrar em contato ou pesquisar no site da Secretaria de Saúde do seu estado ou município os endereços dos postos e horários de funcionamento.
Em São Paulo, por exemplo, as vacinas serão distribuídas em 4 mil postos de saúde fixos (unidades tradicionais de saúde onde a vacina é distribuída gratuitamente) e também em 300 volantes que estarão abertos e podem ser unidades como bancadas no metrô, mercados, pedágios entre outras unidades móveis.
Documentos necessários para receber a vacinação
Para receber as doses de vacina contra pólio e sarampo, basta o cartão de vacina para que o profissional de saúde avalie a situação vacinal da criança.
Na falta do cartão, as crianças podem ser vacinadas conforme indicação da vacina para a faixa etária.
Adultos estão excluídos da campanha
Adultos não fazem parte do grupo populacional para o qual a campanha se direciona.
Entretanto, pessoas com até 29 anos que não tiverem completado as doses vacinais previstas pelo Calendário Nacional de Vacinação ao longo da infância devem receber duas doses da Tríplice Viral e adultos com idade entre 30 e 49 anos devem receber uma dose na Tríplice Viral.
É recomendado que um posto de saúde seja procurado para que a situação vacinal seja avaliada e as doses previstas, aplicadas, se necessário.
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