O que causou o tremor que esvaziou prédios e foi sentido em várias regiões do Brasil?
Moradores de São Paulo, Brasília, Minas Gerais e Paraná sentiram um tremor de terra nesta segunda-feira (2 de abril) por conta de um terremoto de magnitude 6.8 com epicentro registrado na Bolívia. Alguns prédios foram esvaziados em parte destes estados e do Distrito Federal.
De acordo com o órgão de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS), que monitora esse tipo de acontecimento, o abalo sísmico aconteceu a 13 quilômetros de Carandayti, no sul da Bolívia. O reflexo foi sentido em alguns locais do Brasil e da Bolívia, como La Paz e Cochabamba.
Terremoto na Bolívia causa tremores no Brasil
De acordo com informações da USGS, o terremoto aconteceu na região de Chuquisaca, na Bolívia, a 13 quilômetros de Carandayti a uma profundidade de 557 km. A ocorrência foi registrada às 9h40 local (10h40 de Brasília).
Ele foi sentido no final da manhã desta segunda-feira em regiões brasileiras como Minas Gerais, Brasília, Paraná e São Paulo. Nesta, alguns trabalhadores precisaram sair dos prédios, na Avenida Paulista e no Centro, por exemplo, por questões de segurança.
É comum que abalos sísmicos assim se propaguem para outras áreas, às vezes até distantes, como é relativamente o Brasil em relação à Bolívia.
Em Brasília, o Corpo de Bombeiros recebeu chamado de algumas pessoas que sentiram os tremores de terra e ficaram preocupadas com a segurança das edificações.
"Recebemos vários chamados em todo o Plano Piloto, no Setor de Indústrias e no Guará. Não houve nenhum relato de vitimas e nenhuma estrutura foi comprometida. Houve a percepção das pessoas quanto ao tremor, mas não se constatou nenhum problema nas edificações vistoriadas", informou o capitão do Corpo de Bombeiros, Ronaldo Reis, segundo informações da Agência Brasil.
Ainda não há informações sobre vítimas ou estragos causados em localidades dos dois países.
Terremotos na América do Sul
O órgão de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos explica que os terremotos profundos (entre 500 e 650 km) que acontecem na América do Sul estão concentrados em duas zonas: uma que corre abaixo da fronteira Peru-Brasil e outra que se estende do centro da Bolívia até a região central da Argentina.
Outro ponto destacado pela entidade é que geralmente esses abalos sul-americanos não apresentam grandes magnitudes, com a exceção de um terremoto registrado em território boliviano em 1994 com magnitude 8.2 - ou seja, capaz de destruir pontes e construções - e profundidade de 631 km.
O registrado nesta segunda-feira teve 6.8 de magnitude na Escala Ritcher, o que configura um poder de destruir tudo num raio de 100 quilômetros.
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