null: nullpx
dengue-Mulher

Febre amarela silvestre e urbana: qual a diferença?

Publicado 8 Jan 2018 – 10:48 AM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 05:06 PM EDT
Compartilhar

Transmitida pela picada de mosquitos presentes tanto no meio urbano quanto no silvestre, a febre amarela é uma doença que assusta por sua rápida evolução e risco de morte.

O quadro pode apresentar sintomas leves, como febre alta, vômitos e calafrios, até casos raros e mais graves, em que a pessoa pode desenvolver inflamação no fígado, no rim e até mesmo hemorragia.

Febre amarela silvestre e urbana: qual a diferença?

A febre amarela é uma doença infecciosa que ocorre nas Américas do Sul e Central, além de em alguns países da África, e é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres.

Febre amarela silvestre

Como o vírus e a evolução dos sintomas são os mesmos nos dois casos, não há nenhuma diferença na manifestação da doença no corpo. A classificação urbana ou silvestre diz respeito apenas à origem do contato com o vírus e ao mosquito transmissor.

Quando o contágio acontece em regiões com muitas matas e florestas, chamamos de febre amarela silvestre porque nesses ambientes o principal vetor da doença é o mosquito Haemagogus, que adquire o vírus ao picar macacos contaminados (hospedeiros naturais) e, posteriormente, o transmitem ao homem (hospedeiro acidental).

Febre amarela urbana

Entretanto, é possível adquirir a doença também no meio urbano e longe das matas, através da transmissão pelo mosquitos Aedes Aegypti (o mesmo que transmite a dengue, zika e outras).

Nesses casos, o contágio é feito de pessoa por pessoa com o auxílio do mosquito vetor, que irá "carregar" o vírus de uma pessoa contaminada para uma pessoa não-contaminada e não vacinada contra a doença.

Quando o ciclo silvestre pode atingir a cidade?

"A preocupação é justamente essa. Se uma pessoa é picada na região considerada silvestre, ela passa a ter esse vírus no sangue e, se ela for para um ambiente urbano, existe a possibilidade de o mosquito Aedes picá-la e se tornar vetor da febre amarela, expandindo ainda mais a transmissão da doença", explica a médica infectologista Suzy Berbert.

O sangue de uma pessoa contaminada é capaz de transmitir a doença, caso picado pelo mosquito Aedes, de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos primeiros sintomas e até 3 a 5 dias após, tempo que corresponde ao período de viremia, em que o vírus está ativo no sangue. 

Prevenção

Para a especialista, a prevenção ideal é a combinação do combate ao mosquito vetor com campanhas de vacinação, que protegem os indivíduos e ajudam a bloquear o ciclo de transmissão da doença em meios urbanos.

A vacinação contra o vírus é gratuita e dada em dose única, mas atenção: há 7 grupos de pessoas que não podem ser imunizadas contra a febre amarela. São elas: gestantes, lactantes, bebês de até seis meses, idosos, portadores de doenças imunodepressoras, usuários de medicamentos imunodepressores e pessoas alérgicas a ovos.

Nestes casos, é necessário receber orientação individualizada de um profissional médico.

Para combater o mosquito Aedes, é necessário evitar o acúmulo de água parada, local em que as fêmea do mosquito colocam seus ovos. Outras medidas eficazes são o uso de repelente, mosqueteiros e telas em janelas e roupas que cubram o corpo todo.

Mais sobre febre amarela:

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse