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Nova análise aponta as 2 tapiocas menos saudáveis e a fabricada com menos higiene

Publicado 15 Dez 2017 – 02:33 PM EST | Atualizado 15 Mar 2018 – 10:57 AM EDT
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A tapioca, que muitas vezes substitui o pãozinho do café da manhã, entrou na mira do teste de qualidade da Associação dos Consumidores, a Proteste.

De acordo com a entidade, algumas marcas vendidas nas prateleiras do mercado são menos saudáveis do que pensamos: tudo por conta da adição de sal no produto.

A pesquisa  divulgada pela Proteste, também aponta que uma das marcas testadas apresentou “condições de higiene deficientes”. 

Todas as marcas foram procuradas pelo VIX por e-mail ou pelas redes sociais oficiais (nos casos em que não havia informações claras para contato de imprensa ou ao público em geral). No final da matéria, você vê o posicionamento.

Teste de tapiocas: quantidade de sódio e mais

A Proteste testou 15 marcas de tapioca e analisou os seguintes critérios: adição de sal e conservantes, informações do rótulo conforme a legislação, quantidade de sódio informada corretamente no rótulo, presença de micro-organismos (condições de higiene) e ausência de glúten (um dos fatores característicos da tapioca).

A goma pronta Duduxo foi eleita como "melhor escolha" pela entidade, de acordo com os resultados.

Tapiocas sem sal e conservantes

De acordo com a Proteste, apenas quatro marcas não apresentaram sal e conservantes na composição: Da Terrinha, Beijubom, Pantanal e Gourmet Brasil. 

A adição de sal e de conservantes na tapioca não é proibida por legislação. No entanto, a associação entende que os ingredientes seriam dispensáveis, porque a tapioca é vendida como um alimento saudável.

2 marcas com mais sódio

A Proteste analisou que duas marcas de tapioca não dizem a verdade sobre a quantidade de sal por cada 100g de alimento.

A tapioca Dai Alimentos informa no rótulo que tem 21 mg de sódio em cada 100 g de produto (o que já representa quase o dobro das outras marcas); mas, em análise no laboratório, foram encontradas 47 mg de sódio na mesma quantidade.

A Delícia do Nordeste, que diz ter 12 mg de sódio a cada 100g de produto, apresentou, na verdade, 85 mg de sódio nesta porção.

Pior condições de higiene 

A Wrapioca, que é da empresa Da Terrinha, obteve o pior resultado em relação a condições de higiene.

Segundo a associação, foi observada a presença de coliformes termotolerantes, Salmonella sp, mesófilos, bolores e leveduras nos produtos. 

A Wrapioca foi avaliada negativamente “principalmente pela alta quantidade de bolores e leveduras”, que, segundo a Proteste, não oferecem risco direto à saúde, mas podem indicar "condições higiênicas deficientes".

Ausência de glúten

Nenhuma das marcas apresentou glúten na composição. 

Análises extras: preparo e data de fabricação

A Associação considerou que algumas marcas não informam de jeito claro sobre a condição semipronta do alimento.

"Na maioria dos casos, só é possível entender isso ao se ler o modo de preparo, como acontece com as marcas Taeq, Yoki, Bela Chef, Wrapioca e Gourmet Brasil", pondera. "Quanto à porção descrita no rótulo, só Beijubom, Chinezinho, Dai Alimentos e Duduxo seguem o padrão de medida caseira (30 g)".

A Proteste ainda avaliou a data de fabricação na embalagem. Apesar de a informação não ser obrigatória, ela entende que é "importante para que o consumidor possa escolher os produtos mais frescos na compra".

O que dizem as marcas

A Sabor da Paraíba informou que o sal no produto "está ligado somente à questão sensorial e não para conservação. A quantidade de sal acrescida no produto tem como função dar mais sabor à tapioca".

Diz que segue todas as normas de fabricação e que os conservantes estão declarados na embalagem.

Por fim, informou que está trabalhando em um produto para o público que tem restrição alimentar em relação ao sódio. 

A Taeq disse que "se orienta pela legislação vigente quanto aos critérios físicos e qualitativos do produto" e que, em laboratório credenciado pela Anvisa, o produto sempre apresentou adequação à norma regulatória. "A marca fica ainda à disposição da Proteste para que a entidade apresente os laudos e a metodologia utilizada no relatório".

Após contato da redação, as marcas Da Terrinha (dona da Wrapioca), Delícia do Nordeste e Dai Alimentos não responderam até o fechamento da matéria. 

Atualização

Em 19 de dezembro, Vagner Barbosa, gerente geral da Dai Alimentos, nos enviou a seguinte resposta: "Nosso produto foi avaliado pela empresa Proteste e em contraprova solicitamos outra análise. Analisamos e realmente tem uma alteração indicada com teor de sódio acima. Por esse motivo, estamos reformulando nosso produto e deixando transparentes as informações na embalagem da tapioca para que nossos clientes tenham total certeza de estar consumindo um produto de qualidade e seguro. Pedimos desculpas por esse fato".

Consumidor, fique atento

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