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Quanto ganham presidente, senadores, ministros e deputados federais no Brasil?

Publicado 13 Dez 2017 – 04:00 AM EST | Atualizado 15 Mar 2018 – 01:11 PM EDT
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Os salários recebidos pelos políticos são sempre assunto polêmico, pelo menos no Brasil, onde os valores recebidos costumam ser bem inferiores aos obtidos pela população. Mas você sabe, de fato, quanto eles ganham? Veja a seguir. 

Salários de políticos no Brasil

Ministros do STF ganham o máximo

Há um limite para os ganhos dos políticos: nenhum servidor público pode ganhar mais de R$ 33.763,00, salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme previsto na Constituição:

Art. 37. XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. 

Acontece que, na prática, esse valor, que é o teto constitucional, é estourado por alguns servidores dos Três Poderes, principalmente no Judiciário, que acumulam bonificações, adicionais, gratificações, auxílio-moradia, entre outros benefícios que deixam a conta do banco mais cheia e não têm nome de salário.

Vale lembrar que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu recentemente que, em casos de servidores que acumulem cargos efetivos, o cálculo do teto vale para cada salário isoladamente, e não sobre a soma das remunerações.

Ou seja: professores, médicos e outros profissionais da saúde (apenas essas categorias) que trabalham em dois cargos efetivos no serviço público, desde que o trabalho seja realizado em horário compatível, podem, no fim das contas, extrapolar o teto.

Presidente

A remuneração básica do presidente da República é de R$ 30.934,70, segundo o Portal da Transparência. Ele pode escolher entre morar no Palácio da Alvorada e na Granja do Torto, viaja nos aviões da Força Aérea Brasileira, tem gastos médicos cobertos e usa um cartão corporativo, que tem verba de acordo com o Orçamento federal.

Ministros, senadores e deputados

Os ministros de Estado também recebem este valor, R$ 30.934,70. Já senadores e deputados federais custam R$ 33.763,00 aos cofres públicos, ou seja, têm salário mais alto do que o da pessoa que ocupa o maior cargo do Executivo.

De acordo com matéria da Agência Brasil com base em levantamento da ONG Contas Abertas, em um ano, o Poder Legislativo (81 senadores e 513 deputados federais) custa R$ 1,16 milhão por hora aos nossos bolsos.   

Benefícios

Além do salário, os senadores que não moram em apartamentos funcionais têm direito a auxílio-moradia de R$ 5.500 por mês para o aluguel, passagens e hospedagem em viagens oficiais. 

A saúde dos senadores (seus parceiros e filhos até 21 anos - ou 24, se forem universitários) também está garantida. Não há limites para os gastos médicos; despesas odontológicas e psicoterápicas, entretanto, só podem chegar a R$ 25,9 mil por ano.

Na conta para pagar as atividades parlamentares, os senadores recebem uma verba de até R$ 15 mil mensais. A conta do celular, de acordo com a Agência Senado, é liberada.

Os deputados federais que moram em Brasília podem receber o benefício de R$ 4.253,00. Há também um dinheiro destinado à “cota parlamentar” que varia de R$ 37.043,53 a R$ 45.612,53, dependendo do estado. Ela serve para passagens aéreas, alimentação, combustível, manutenção de escritório, entre outros gastos. 

Eles e seus familiares ainda têm atendimento médico de graça nos serviços da Câmara e podem ser reembolsados caso tenham despesas em hospitais ao redor do Brasil. 

Já os ministros da República podem pedir auxílio-moradia de R$ 6,6 mil, segundo levantamento do site Politize. Eles não tem cota de verba, mas acesso a um cartão corporativo de acordo com o Orçamento de cada Ministério.

Política no Brasil

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