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Leite com formol, azeite com óleo e mais 4 alimentos adulterados que foram descobertos

Publicado 22 Mar 2017 – 04:45 PM EDT | Atualizado 13 Mar 2018 – 04:42 PM EDT
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Não está no rótulo e nem passa pela sua cabeça que dentro de uma caixinha de creme de leite possa existir ureia, água oxigenada, soda cáustica, detergente, bicarbonato de sódio, formol ou cal. Ninguém esperava, ainda, que grandes frigoríficos colocassem aditivos químicos para disfarçar a carne estragada, vendida aos consumidores como nova.

Estes casos de adulteração de alimentos foram divulgados nas operações " Leite Compen$ado" e " Carne Fraca", respectivamente, e nem de longe são os únicos que comprometem a qualidade de produtos consumidos e, consequentemente, sua saúde.

Fato é que o Brasil tem um histórico de alterações da composição de alimentos, quase sempre visando o lucro das empresas produtoras. O consumidor, por sua vez, confia nos processos e nas informações que as corporações divulgam sobre seus produtos. Dessa forma, quase nunca sabemos o que, de fato, está sendo levado à nossa mesa.

Alimentos adulterados no Brasil

Carne com ácido ascórbico

O caso das carnes adulteradas chocou milhares de consumidores, que não sabiam estar levando “gato por lebre”. A Polícia Federal deu conta que a carne estava sendo comercializada com excesso de ácido ascórbico, a vitamina C.

Efeitos

Apesar de a vitamina C ser considerada boa para o corpo e a saúde, quando em excesso, ela pode causar sobrecarga renal.

Leite com formol e creme de leite com água

Na 12ª fase da Operação Leite Compensado, o Ministério Público do Rio Grande do Sul indicou que um laticínio produtor de queijos, leite e creme de leite, mantinha a prática de misturar água no creme de leite duro, já amanteigado, para que o produto fosse integrado a cargas com aspectos melhores.

Segundo o jornal gaúcho Zero Hora, outras marcas também comercializavam leite e queijo impróprios para consumo humano. 

Durante toda a investigação, ainda foram encontrados ureia, água oxigenada, soda cáustica, detergente, bicarbonato de sódio, formol e cal misturados ao leite. A maioria era utilizada para dar mais volume à bebida, o que garantia menos produto “puro” e, por isso, mais lucro.

Efeitos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, alerta que o consumo de leite com formol não é seguro para a saúde humana, pois a substância é cancerígena; já a ureia, em doses razoáveis, causa pouca ou nenhuma complicação à saúde. 

Azeite com óleos

Em uma avaliação feita pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Proteste, quatro marcas de azeite vendidas no País sequer poderiam ser chamadas de azeite. Isto porque a entidade encontrou diferentes tipos de óleos vegetais na composição, além daquele proveniente da azeitona, o que é proibido por lei.

A fraude foi identificada também no grau de virgindade dos azeites. As marcas Tradição, Figueira da Foz e Quinta d’Aldeia, além dos azeites nacionais Qualitá, Carrefour Discount, e os importados Beirão e Filippo Berio, não podem ser classificadas como extravirgem, segundo a Proteste, apesar de os fabricantes adicionarem esta informação no rótulo.

Efeitos

O consumo de azeite extravirgem é benéfico à saúde, pois o alimento é fonte de gorduras do bem. A ingestão de óleos vegetais, entretanto, não garante este ganho. O consumidor, assim, leva um produto que não corresponde às suas expectativas.

Paçoca com substância cancerígena

A venda da paçoca da marca Dicel foi suspensa pela Anvisa por ter encontrado aflatoxina, um tipo de elemento tóxico originado de fungos no alimento, acima do limite permitido.

De acordo com o Inmetro, a aflatoxina é um elemento comum a produtos de amendoim, sob algumas condições de temperatura, umidade e oxigênio não controladas.

Efeitos

A aflatoxina pode causar problemas de saúde como hepatite B, danos ao sistema nervoso e câncer primário do fígado.

Café com milho e outros elementos

O café do brasileiro também já foi adulterado. Misturado a milho, cevada, centeio, casca e palha melosa, o café tinha impurezas acima do permitido e substâncias alheias ao produto.

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), então, criou o Selo de Pureza: as mercadorias passam por análises laboratoriais e, se não estiverem de acordo, são denunciadas aos órgãos de defesa do consumidor.

"Atualmente, menos de 5% das marcas são impuras ou adulteradas, e elas representam apenas 1% do volume de café comercializado no mercado interno”, destaca a Associação. 

O Procon de Minas Gerais, entretanto, identificou que mais de 30% das amostras de café moído torrado distribuídas no estado eram impróprias para consumo, pois continham larvas, parasitas e impurezas. As informações são do G1.

Efeitos

Parte das amostras tinha ocratoxina A, uma substância tóxica e cancerígena. Já a mistura com outros produtos, como cevada e centeio, não tem complicações diretas à saúde.

Segurança alimentar

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