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Limite de velocidade nas vias de SP aumenta em 2017; veja como é no Brasil e no mundo

Publicado 2 Jan 2017 – 01:15 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Você se lembra quando, em junho de 2015, com o objetivo de diminuir o número de acidentes, o ex-prefeito Fernando Haddad reduziu os limites de velocidade das vias urbanas de São Paulo? O anúncio, na época, gerou muita polêmica e opiniões contraditórias. 

As mudanças determinaram a alteração das velocidades da seguinte maneira: de 90 km/h para 70 km/h nas marginais expressas, que não têm conexão com outras vias; de 70 km/h para 60 km/h, nas pistas centrais, que são as ligações entre as expressas e as locais, e de 60 km/h para 50 km/h, nas marginais locais, que dão acessos a outras avenidas.

Fato é que, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), houve uma queda de mais de 60% do número de acidentes em comparação do primeiro semestre de 2016 e o de 2015. Apesar disso, muitos enxergaram a medida como uma forma de conseguir ainda mais dinheiro com as multas.

Foram registradas 2,8 milhões de infrações de velocidade depois da adoção da medida, enquanto que, no período anterior, a quantidade de multas foi menos da metade, 1,18 milhão, de acordo com dados da Prefeitura de São Paulo, reportados pelo site de notícias El País.

Agora, com a posse do novo prefeito João Dória, o Secretário de Transportes da cidade de São Paulo, Sérgio Avelleda, comunicou oficialmente que as velocidades devem aumentar a partir do dia 25 de janeiro.

Novos limites de velocidade

Com a nova alteração, as velocidades das expressas voltam às velocidades anteriores e apenas as faixas de ônibus permanecem a 50 km/h. Segundo Doria, o objetivo de voltar à velocidade “normal” é manter a capital no patamar de grandes cidades do mundo.

Ele não acredita que a diminuição tenha sido o motivo da queda dos acidentes. “A queda ocorreu fundamentalmente devido à redução sensível do número de veículos transitando nas marginais. A volta da velocidade normal será uma demonstração clara da busca da eficiência de colocar São Paulo na dimensão de uma megametrópole”, disse ele em entrevista.

Em outras cidades do Brasil, como Sergipe, Paraná e Rio de Janeiro, as velocidades variam, mas ainda são mais baixas do que em São Paulo. As vias de trânsito rápido (tipo as marginais), têm um limite de 80 km/h, as vias arteriais (avenidas principais), 60km/h, vias coletoras (que dão acesso às vias rápidas), 40 km/h.

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Entretanto, grandes capitais do globo mantêm velocidades reduzidas nas via urbanas. Em Roma, Barcelona, Paris, Berlim e Sydney, o limite é 50 km/h, por exemplo. E ainda há lugares em que o limite é mais baixo ainda.

Em Nova York, a velocidade máxima foi de de 48 para 40 km/h, em 2014, onde também foi registrada queda de mais de 50% de acidentes. Em Londres, o limite permitido é de 32 km/h e em Tóquio, as velocidades variam em 30, 40 e 50 km/h.

A redução, que foi apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), enxerga a medida como uma forma de diminuir acidentes e, inclusive, melhorar o fluxo do trânsito em cidades muito movimentadas.

Segundo Ricardo Correa, fundador da companhia de mobilidade e projetos urbanos TC Urbes, uma das grandes vantagens é o ganho de espaço na via. “É como se você reduzisse o tamanho que o carro precisa ter para circular. Isso porque a percepção visual melhora. Quando você está a 90 km/h, por exemplo, tem menos visão do todo. Nós só conseguimos perceber o espaço realmente em até 10 km/h, então quanto mais alta a velocidade, mais difícil dirigir com prudência”, explica o arquiteto.

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