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Entenda por que o Programa Criança Feliz pode ser importante para a educação infantil

Publicado 5 Out 2016 – 07:30 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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O Programa Criança Feliz, do governo Temer, foi lançado nesta quarta-feira (5) pela primeira-dama Marcela Temer. O objetivo? Dar assistência à infância. “O momento mais importante da vida são os primeiros anos. É nesse período que nossos filhos são amados e aprendem a amar e esse sentimento nos guiará por toda a vida”, disse Marcela, embaixadora e voluntária do projeto.

Como funciona?

Parecido com o Brasil Carinhoso, criado por Dilma Rousseff em 2012, que fornecia apoio financeiro extra para incentivar o acesso à pré-escola, o Criança Feliz vai um pouco além. O ponto chave está na criação de equipes de acompanhamento domiciliar.

Os grupos vão ser constituídos por um visitador, que pode ser um professor, enfermeiro ou técnico em enfermagem, que vai receber um salário de R$ 1650 e vai atender 30 famílias; um supervisor, que vai acompanhar o trabalho de 15 visitadores e receberá um salário de R$ 3 mil; e o multiplicador, responsável pela capacitação da equipe, com um valor mensal de R$ 8 mil.

A equipe de profissionais atenderá crianças de 0 a 3 anos, filhos de famílias que recebem o Bolsa Família, para realizar uma avalição médica, psicológica e pedagógica. Serão cerca de 2,5 milhões de visitas por semana, para 600 mil crianças nesse primeiro ano. A meta é que em 2018, todas sejam atendidas (em torno de 4 milhões).

Quem pode participar?

Uma Secretaria Nacional do Desenvolvimento Humano será criada especialmente para cuidar do programa, em parceria com os Ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e da Cultura, que em um primeiro momento, vai atender nove estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.

O orçamento inicial é de R$ 300 milhões que devem evoluir para R$ 800 milhões até 2018. O projeto vai apoiar programas que já existem com o mesmo foco, como o Primeira Infância Melhor, do Rio Grande do Sul, o Mãe Coruja, de Pernambuco, e o Família Paulista, de São Paulo. Mas a adesão por cada município é voluntária.

Por que pode ser importante?

“O impacto que uma infância ‘bem cuidada’ tem no desenvolvimento, aprendizagem, na escola, no sucesso profissional, nas competências que o ser humano vai ter no restante da vida é enorme. Por isso que é importante”, disse Michel Temer, em referência à integração do Criança Feliz com o Bolsa Família, segundo informado no portal do Palácio do Planalto.

A ideia do programa é fazer uma ponte entre as famílias e as políticas públicas. É uma forma de estimulação precoce e apoio ao desenvolvimento infantil, para que crianças de famílias mais pobres possam ter melhores desempenhos, escolaridade e renda maiores, para, mais tarde, conseguirem ajudar a família a sair da pobreza.

A partir da avaliação e do acompanhamento será possível encaminhar a criança e à família para o atendimento do especialista adequado. “Se a família tem problema de saúde, vai acionar as equipes de saúde, em casos de violência, acionará a equipe da justiça”, explica o ministro Osmar Terra, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, responsável pelo projeto.

“Começo a apoiar o que acredito ser mais relevante e com resultados de longo e médio prazo, os cuidados e estímulos às crianças na primeira infância. (…) Cercada de carinho desde a gravidez, uma criança terá mais possibilidade de aprendizado. Ajuda a coibir comportamento violento na adolescência e se tornará um adulto mais preparado para a vida”, completou Marcela Temer, no discurso de lançamento, como reportado pelo site de notícias O Globo.

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