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Ciclista bicampeã que sofre de alopecia faz declaração que está inspirando mulheres e homens

Publicado 18 Ago 2016 – 03:15 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A atleta britânica da categoria ciclismo de perseguição por equipes, Joanna Rowsell, é mais uma personagem destas Olimpíadas do Rio de Janeiro que dá orgulho não só pela conquista da medalha de ouro, mas pelo seu exemplo frente a um problema que destrói a autoestima de muitas mulheres. Joanna sofre de alopecia androgenética, ou calvície feminina, e suas declarações sobre a condição são uma lição de amor próprio e quebra de padrões de beleza. Veja o que ela disse e entenda mais sobre queda de cabelo, suas possíveis causas e tratamento.

Ciclista com alopecia: declaração de autoestima

Joanna Rowsell conquistou a medalha de ouro na modalidade ciclismo de perseguição nestes Jogos Olímpicos. Depois da vitória, que a tornou bicampeã olímpica na modalidade, a atleta deu entrevista à imprensa e fez um comentário encorajador sobre ser careca por conta da alopecia.

“Eu acho que é importante ter uma imagem positiva e ser confiante de quem você é e não ter medo de fazer o que você quiser da sua vida. E eu acho que a mídia influencia muito mostrando imagens nos jornais e nas revistas, modelos de cabelos escovados, mulheres irreais”, disse, segundo reportagem do site UOL.

“E é importante imprimir sua individualidade. Você não pode deixar de sair e conquistar as coisas porque está ‘atrás’ em relação ao visual”. 

Acostumada a viver com a doença desde a infância, Joanna diz que o problema é “parte do que é” e que, por isso, não tem mais dificuldades com sua aparência e autoestima. “Não é questão de como eu lido com isso, eu não tenho opção de não lidar com isso. É o que eu sou, é parte do que eu sou. Mas a doença não me define”, completou. 

A bicampeã ainda relatou que a falta de cabelos é uma vantagem nas competições, já que é mais fácil de encaixar o capacete e evita o suor e o peso dos fios.

Em algumas ocasiões, Joanna também se sente à vontade em colocar perucas para fazer penteados, como trancinhas laterais e rabo de cavalo baixo.

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Posted by Joanna Rowsell Shand on Friday, July 15, 2016

Alopecia androgenética: entenda o que é 

Quem tem alopecia androgenética pode sofrer com a perda parcial ou total dos cabelos, além de pelos em outras partes do corpo, como sobrancelhas e cílios. 

O fator genético, ou seja, puxar a calvície da mãe ou do pai, é o mais preponderante na causa da alopécia androgenética. Anemia ou alterações da tireoide também podem levar à queda dos fios, mas não causam o seu afinamento, que é característico da alopecia. 

“O processo acontece devido à ação da enzima 5-alfa-redutase sobre o hormônio testosterona (a mulher também possui este tipo de hormônio, porém em menor quantidade que o homem) resultando em DHT (dihidrotestosterona), que age sobre os folículos pilosos (que produzem o pelo), provocando o afinamento e miniaturização”, explicou a médica Michelle Vilhena, do Centro de Genomas, em São Paulo.

Em algumas mulheres, o problema pode surgir após a menopausa, quando a produção dos hormônios femininos é reduzida.

Tratamento para calvície

Um dos medicamentos mais usados é a Finastericida, tanto em homens como em mulheres, mas não é sempre que ele funciona. Antes de iniciar qualquer tratamento, é importante que seja consultado um dermatologista, que avaliará se o remédio pode ter efeitos positivos para cada paciente. Há ainda a opção de transplante de cabelo, que pode ser feito com várias técnicas por cirurgiões plásticos.  

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