Maior lago da América do Sul está totalmente verde: isso é um péssimo sinal
Localizado no noroeste da Venezuela, o Lago Maracaibo abrange 13 mil quilômetros quadrados, é considerado por muitos o maior lago da América do Sul e também um dos mais antigos do mundo.
Hoje, o lago que já foi grande fonte de peixes e combustíveis fósseis corre perigo. Imagens de satélite divulgadas pela Nasa mostram que ele está totalmente verde, indicando que é abundante em poluição e que há excesso de nutrientes.
Águas verdes do maior lago da América do Sul
Abaixo do Lago Maracaibo fica uma das maiores reservas de petróleo e gás do mundo. Milhares de poços foram perfurados no lago desde a Primeira Guerra Mundial e cerca de dois terços do petróleo produzido pela Venezuela vem dessa região.
Mas o combustível que antes tornava Maracaibo próspera agora está colocando em risco a vida selvagem, a qualidade da água e a saúde humana.
De acordo com notícias e relatórios científicos, a infraestrutura de extração e distribuição de petróleo da região está em sério estado de degradação, causando derramamento de óleo e poluição. As manchas têm sido uma ocorrência regular no lago por muitos anos, e o petróleo bruto muitas vezes chega às margens.
“O óleo está sendo derramado de muitos dutos submersos e envelhecidos que não são conservados, a maioria nem mesmo mapeados”, disse Frank Muller-Karger, um cientista marinho da Universidade do Sul da Flórida que estudou o lago com dados da Nasa.
A vegetação generalizada na água, que deixa o rio completamente verde, é outro sinal de perigo. A coloração é resultado da presença de algas que se alimentam dos nutrientes presentes no lago.
Apesar de não serem tóxicas, as algas são constituídas por um tipo de bactéria capaz de fazer fotossíntese e que cresce com o consumo de nitrogênio e fósforo, que são nutrientes que vêm de descargas domésticas e industriais poluentes. Todo esse processo faz com que essas algas se multipliquem na superfície do lago.