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Mudança de jornalista após Talibã tomar poder viraliza: ela explicou a verdade por trás da imagem

Publicado 17 Ago 2021 – 04:01 PM EDT | Atualizado 17 Ago 2021 – 04:01 PM EDT
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A tomada do poder pelos talibãs no Afeganistão se tornou um dos maiores destaques dos noticiários nos últimos dias. Alguns jornalistas estão fazendo participações recorrentes para falar sobre a ocupação do grupo extremista.

Uma delas é a repórter americana Clarissa Ward, correspondente da CNN, que chamou a atenção do público após aparecer usando o hijab - traje típico feminino islâmico - e explicou a "mudança" de visual após o Talibã assumir o poder.

Jornalista explica mudança após Talibã tomar poder

Após o Talibã ter assumido o poder, o Afeganistão está vivendo um verdadeiro caos. A política do grupo extremista está fazendo com que grande parte da população, em um ato de desespero, tente deixar o país.

A situação tomou conta dos noticiários nacionais e internacionais e Clarissa é uma das repórteres que tem feito a cobertura jornalística do cenário político pelas ruas de Cabul, capital do Afeganistão.

Recentemente, Clarissa, que costumava aparecer usando um véu, mas sem cobrir todo o cabelo, durante a transmissão para a CNN, surgiu usando o hijab, que cobria por completo a cabeça da jornalista, e abaya, um vestido parecido com um manto também usado pelas muçulmanas.

Essa "mudança de visual" chamou a atenção do público que começou comparar o "estilo" anterior da repórter com o atual e apontar que Clarissa havia adotado os trajes que cobrem mais o corpo por causa das regras extremistas do Talibã.

Nas redes sociais, a jornalista compartilhou as fotos que comparam os trajes e explicou a mudança:

"Este meme é impreciso. A foto de cima está dentro de um complexo privado. A parte inferior está nas ruas tomadas pelo Talibã em Cabul. Eu sempre usava lenço na cabeça nas ruas de Cabul, embora não com o cabelo totalmente coberto e abaya. Portanto, há uma diferença, mas não tanto assim", disse.

Além disso, em uma das entradas da repórter, ela foi questionada sobre os trajes que estava usando e alertou que apesar do Talibã exigir que as mulheres cubram o rosto e as mãos, ninguém pediu para que ela fizesse isso, mas Clarissa optou por usar trajes islâmicos para manter a discrição.

"Eu quero me manter o mais discreta possível em frente às câmeras e não quero chamar muita atenção para mim, não quero me tornar o assunto, o assunto é o que está acontecendo ao meu redor".

Vale lembrar que a política dos talibãs em relação às mulheres é extremamente rígida, a cultura do grupo pouco permite que elas andem pelas ruas e quando vão, precisam estar acompanhadas de um membro masculino da família, além de completamente cobertas.

Por esse motivo, Clarissa ainda contou que quase nenhuma mulher é vista nas ruas: "Elas estão assustadas".

Malala lutou pelos direitos das mulheres

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