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Chile tem menor taxa de mortalidade por coronavírus da América Latina: como conseguiu?

Publicado 7 Abr 2020 – 02:54 PM EDT | Atualizado 7 Abr 2020 – 02:54 PM EDT
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Quase dois meses depois do primeiro surto do novo coronavírus em Wuhan, na China, a América Latina registrou seu primeiro caso da doença em 26 de fevereiro de 2020, no Brasil.

Muito aconteceu desde o primeiro caso, e as infecções e mortes cresceram de forma alarmante em todos os países da América Latina.

Chile é um dos países que chama atenção pelo alto número de casos da Covid-19, mas baixa taxa de mortalidade.

De acordo com o Ministério da Saúde chileno, desde o primeiro registro até a noite do dia 5 de abril, foram registrados 4.815 casos. Por outro lado, o número de mortes na mesma data era de apenas 37 pessoas, muito menor que os números de países como Itália e Espanha.

Por exemplo, a Itália somou 54 mortes quando registrava 2.036 casos confirmados, enquanto a Espanha alcançou 36 mortes quando tinha 1.695 infectados confirmados. O mais triste é que, em ambos os países, esses números foram registrados em poucos dias.

Até agora, o Chile é o segundo país da América Latina com maior número de contágios, mas ainda assim mantém um número baixo de mortes. Na região, o Brasil lidera. Para efeitos de comparação, até dia 5 de abril o país registrava mais de 11,4 mil pessoas infectadas e 506 mortes.

Em terceiro lugar está o Equador, que na mesma data registrava mais de 3,6 mil casos e 191 mortes. Em seguida vem o Peru, com 2,2 mil casos e 83 mortes. México aparece em quinto, com mais de 2,1 mil casos positivos e 94 mortes. Os dados são do balanço realizado pela Johns Hopkins University.

A baixa taxa de mortalidade do novo coronavírus no Chile se deve principalmente a quantidade de testes que estão sendo realizados diariamente no país para a detecção da doença.

Em entrevista à BBC News Mundo, o governo chileno informou que são realizados cerca de três mil testes de diagnóstico diariamente.

O número impressiona se comparado com outros países. Por exemplo, no Equador foram realizados pouco mais de 8,5 mil de testes desde o final de fevereiro até o final de março.

A grande capacidade de detecção faz com que o rastreamento de pessoas com o vírus seja muito mais eficiente e precoce, o que, por sua vez, tem um forte impacto na propagação da doença.

A subsecretaria da Saúde do Chile, Paula Daza, explicou que a identificação precoce ajuda a localizar mais rapidamente pessoas que possam ter tido contato com o portador do vírus e, assim, evitar sua propagação.

Na medida em que detectamos mais pessoas com Covid-19 e podemos isolá-las e identificar seus contatos, podemos conter o surto do vírus.

Além disso, o Chile não apenas investiu na compra de um grande número de testes como também na capacitação das equipes dos laboratórios para realizar com sucesso as detecções da doença.

Surto de coronavírus no Brasil

Original Author: Raquel Ortiz Original Author URL: https://www.vix.com/es/users/raquel-ortiz
Original ID value: 225349
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