200 testemunhas no parto: o inacreditável modo como mulheres da realeza davam à luz
Nos nascimentos mais recentes dos bebês reais, a duquesa de Sussex (Meghan Markle) e a duquesa de Cambridge (Kate Middleton) decidiram dar à luz em partos privados.
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Mas nem sempre as mulheres da realeza puderam optar por isso.
Mesmo se não houvesse câmeras ou imprensa, um parto privado não seria possível há 500 anos para rainhas ou princesas que deram à luz, por outras razões.
Como era o parto das rainhas na antiguidade
Dar à luz nos hospitais é um fenômeno relativamente recente para a família real. Até mesmo o nascimento do príncipe Charles soaria arcaico comparado aos partos das mulheres da realeza de hoje em dia.
O primogênito da rainha Elizabeth nasceu no Palácio de Buckingham em 1948 - e os partos em hospitais já eram comuns na época. O primeiro herdeiro do trono que veio ao mundo em um hospital foi o príncipe William, em 1982.
Antes desse marco, os príncipes e princesas nasciam em palácios e os partos eram feitos em condições diferentes.
Um quarto sem luz
De acordo com o site The Loop, o livro real Um Guia Completo de Etiqueta na Corte, ditava como as crianças da realeza britânica do século 16 deveriam vir ao mundo.
Naquela época, os partos tinham que ser precedidos por uma cerimônia, uma missa e uma verdadeira procissão até o local do nascimento.
Quando a procissão terminava, a rainha entrava em uma câmara externa de uma sala do palácio designada para ela. Sob o dossel feito de seda ou tecido adamascado, a monarca devia beber vinho antes de entrar na câmara de parto.
Este local deveria ter um teto falso, tecido, além de tapetes e carpetes trazidos especialmente pela chegada do bebê.
A rainha deveria usar um colar com um pingente que representasse um lugar seguro e confortável, Além disso, não deveria ter imagens de animais ou pessoas, já que se pensava que poderia alterar os pensamentos da mãe e resultar em deformidades no bebê.
A câmera ficava fechada e escura: ar fresco e luz eram contraindicados na época e não era permitida a presença de homens.
Enquanto esperava a hora do filho nascer, a rainha tinha duas camas: uma maior para dormir e outra menor para o parto.
E quanto tempo a monarca deveria esperar nesta pequena sala sem luz nem ventilação antes de dar à luz? O quanto demorasse! Diz-se que Ana Bolena, a segunda esposa de Henrique VIII, deu à luz 12 dias depois de entrar em confinamento.
200 testemunhas no parto
Entre os séculos 17 e 18, corriam rumores de que as crianças eram trocadas. Acreditava-se que os bebês nascidos de fadas, trolls, elfos ou alguma outra criatura fantástica eram introduzidos no mundo humano e deixados secretamente no lugar do bebê "roubado" e Temia-se que o recém-nascido roubada fosse usado como servente ou como diversão por essas criaturas.
Por isso, para provar que era o bebê legítimo da rainha, testemunhas foram convidadas a assistir ao nascimento. Quando Maria de Modena deu à luz futuro rei James III da Inglaterra, os oficiais lotaram o local do nascimento com 200 testemunhas. E, mesmo assim, o boato de que ele havia sido trocado, circulavam pela cidade.
Maria Antonieta, rainha da França, também deu à luz em público, pelo mesmo motivo: evitar rumores de que a criança havia sido trocada. Mais de 200 pessoas assistiram ao parto.
A etiqueta permitia que todas as pessoas, indiscriminadamente, entrassem na sala no momento do parto. Quando o obstetra gritou: "A rainha vai dar à luz!", As pessoas que entraram na câmara eram tão numerosas que a debandada quase matou a rainha, segundo uma testemunha que observou o nascimento de sua primeira filha.
Nada de analgésicos
No ano de 1853, a rainha Vitória (bisavó de Isabel II) teve dores insuportáveis no oitavo parto e pediu ao médico um pouco de clorofórmio, já que não tinha analgésicos.
Quer saber mais sobre as relações familiares da Família Real Britânica? Veja o vídeo abaixo e conheça mais profundamente o clã.
Parto do novo bebê real: o que já sabemos
Original Author: Carina Giordano Original Author URL: https://www.vix.com/es/users/carina-giordano
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