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História por trás do “Trem da Morte” é realmente assustadora: doenças, tráfico...

Publicado 28 Jun 2017 – 11:45 AM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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Se quiser viajar rumo à Bolívia, há um trajeto prático e barato, mas um tanto quanto assustador.

O “Trem da Morte” liga a cidade de Puerto Quijarro, na fronteira do Mato Grosso do Sul, até Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e facilita o trajeto até Machu Picchu, no Peru.

Construído na década de 60, o trem transporta tanto cargas quanto passageiros. Há relatos de que a viagem não é muito confortável e também não tem paisagens muito bonitas.  

Mas, o que de fato preocupa os turistas é o nome do trem. A administração da empresa  ferroviária, a Expresso Oriente, nega que existam motivos. Mas, a história conta outra coisa.

Mistério do “Trem da Morte”

Registros históricos mostram que milhares de trabalhadores morreram ainda durante a construção da ferrovia por causa da malária, que assolava o país na época.

A grande epidemia de febre amarela também fez o trem se tornar o transporte de mortos e doentes.

Os depoimentos mais chocantes são de moradores antigos da região, que contam que durante a década de 70 e 80, a Bolívia passava por uma crise econômica. Nesse cenário, o trem acabou se tornando um transporte muito popular e era comum ser local de brigas e assaltos.

Também há relatos de passageiros que viajam em cima dos vagões por falta de dinheiro e acabam sofrendo acidentes graves.

Trem do Pó

Como se não bastasse, nos anos 90 o trem ainda ficou conhecido como Trem do Pó, porque era usado por traficantes para levar cocaína da Bolívia até a fronteira com o Brasil.

Quanto custa

Apesar da má fama, o trem ainda é muito procurado por turistas que viajam pela América do Sul, principalmente mochileiros.

O trem é operado pela Ferrovia Oriental, que oferece duas categorias de viagens: a mais econômica, o Súper Pullman, que custa 100 bolivianos (por volta de R$ 47), e o Ferrobús, menor, mas mais confortável e rápido, no preço de 235 bolivianos (cerca de R$ 110).

O serviço oferecido inclui lanches, televisão e música, além de restaurante interno. Existe ainda a opção noturna, que possui camas. A viagem dura de 11 a 16 horas, e é necessário estar com passaporte e comprovante da vacina contra febre amarela em dia.

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