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Rússia vendeu o Alasca aos EUA em 1867: teoria conspiratória e segredos da negociação

Publicado 10 Abr 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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Quanto vale 1,71 milhão de quilômetros quadrados de uma terra gelada, aparentemente sem potencial econômico e pouco povoada? Em 1867, quando a Rússia vendeu o Alasca aos Estados Unidos, a descrição do “produto” dava brecha para que o valor fosse uma pechincha: US$ 7,2 milhões. Em valores atualizados, os russos pediram US$ 123 milhões (R$ 369 milhões) – e, negócio fechado. A foto acima, segundo os registros históricos, é do cheque que os Estados Unidos entregaram a Rússia, na ocasião.

Considerada uma das vendas mais rentáveis da História, à época, não passava pela cabeça dos russos que o território seria uma fonte de bastante dinheiro: 20 anos depois da venda, foi descoberto ouro na região (foto acima). No século 19, o petróleo jorrou do chão gelado do estado – e, hoje, a indústria do petróleo e gás representa 85% de sua economia, ao lado da pesca e do turismo. 

Mesmo depois de tanto tempo, o fato de o Alasca ter se tornado parte do território norte-americano ainda não foi muito bem aceita por parte da população russa (um grupo de manifestantes nacionalistas radicais, inclusive, pede a devolução do território). Isto porque o negócio é envolto em detalhes sórdidos de uma “teoria conspiratória” de corrupção.

Venda do Alasca aos EUA

Considerado “a última fronteira”, o Alasca foi colonizado pela Rússia no século 18 e vendido para os Estados Unidos em 1867.

O negócio foi assinado pelo então secretário de Estado dos EUA William Seward, que, na ocasião, foi chamado de “Seward bobo” pelos críticos que não entenderam a razão deste anexo territorial.

Uma teoria conspiratória divulgada pelos russos explica que, neste negócio, o irmão do então czar russo Alexandre II, o grão-duque Konstantin, teria desviado o dinheiro da venda. 

A teoria tem lá seus adeptos: o líder de um partido nacionalista, Dmitri Rogozin, assinou o prefácio de um livro “A traição e o roubo do Alasca”. Movimentos nacionalistas radicais, segundo informações da Folha de S.Paulo, retomaram a exigência da devolução do Alasca a Rússia, em 2017.

Em 2014, quando a Rússia anexou Criméia ao seu território, entretanto, a possibilidade de o Alasca “ser devolvido” virou piada para o presidente russo Vladimir Putin. 

“Somos um país do norte, 70% do nosso território pertence às regiões Norte e Extremo Norte. O Alasca realmente está no Hemisfério Sul? Está frio lá, também. Não vamos ficar com cabeça quente”, comentou, segundo o Sputinik News

Rússia: desvende o país

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