null: nullpx
ceia de Natal-Mulher

A história do Natal que você nunca leu antes: entenda a verdadeira origem da data

Publicado 20 Dez 2016 – 01:45 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
Compartilhar

25 de dezembro. Nascimento de Jesus. Papai Noel. Por um momento, esqueça todas essas referências natalinas que temos na civilização ocidental e se prepare para a história do Natal que você nunca leu antes. 

A origem do Natal, acredite, é bem anterior às tradições cristãs. E, ao longo dos anos, os símbolos natalinos foram incluídos na lista: a troca de presentes e o Papai Noel vestido de vermelho, por exemplo, não fazem parte do início da história do Natal.

Já a fartura e a fraternidade, tão comuns neste período, sempre tiveram um espaço na festa. Leia a seguir mais detalhes.

Origem do Natal: veja história

O Natal, hoje, tem um significado religioso, comercial e, por consequência, cultural muito enraizado em diversos países. A maioria dos povos ocidentais, por exemplo, passam os dias 24 e 25 de dezembro entre presentes, ceia e símbolos como Papai Noel, neve e luzes coloridas.

Mas, de acordo com artigo do site History sobre a história real do surgimento do Natal, tudo se iniciou com comemorações do solstício de inverno, que acontece em 21 de dezembro no Hemisfério Norte.

Povos da Europa, séculos antes de Jesus Cristo nascer, já dedicavam o período à celebração do surgimento da luz e ao nascimento do Deus Sol. 

A History conta que, na Escandinávia, a festa ia até janeiro, com grandes fogueiras. 

Em partes do território europeu, o solstício de inverno também era o momento de abater alguns animais – ou seja, carne fresca garantida. A época ainda tinha um motivo a mais para comemorar: os vinhos e cervejas feitos durante o ano todo encerravam seu período de fermentação e estavam prontos para beber.

Festa ao deus Mitra

A versão mais conhecida tem um pitaco da história de Roma e suas crenças e rituais. Ainda antes de o pensamento cristão existir, os romanos faziam festa para o deus persa Mitra, muito popular entre eles. 

Mitra era considerado o “deus do sol inconquistável”, e seu aniversário representava o dia mais sagrado do ano. Ou seja, a festa celebrada no final de dezembro tem uma origem pagã; só depois a Igreja instituiu o significado cristão. 

Nascimento de Jesus

A manjedoura, a visita dos três reis magos e a presença de Maria e José são um emblema do Natal, não à toa, muita gente monta o presépio para celebrar o nascimento de Jesus.

Fato é que, no início do Cristianismo, o aniversário do Menino Jesus não tinha tanta atenção como seus seguidores dão agora. 

Outro fato curioso: a Bíblia não confirma nenhuma data para seu nascimento. O papa Júlio I escolheu 25 de dezembro, mais de 300 anos d.C. “É comum acreditar que a Igreja escolheu esta data em um esforço para adotar e absorver as tradições do pagão”, pontua o artigo.

Como comemorar o Natal

Apesar de a data ter sido “unificada” por várias crenças, cada povo adaptou as celebrações a seu gosto. Tanto que, no Egito, em 432 d.C, foi instituída a Festa da Natividade, que se espalhou para a Inglaterra até o final do século 6. 

No país, aliás, a comemoração natalina foi por água abaixo com as reformas religiosas e só voltou a ter toda a pompa quando a monarquia “liberou” a festa.

Na Idade Média, vários países europeus aproveitavam o Natal para fazer um “carnaval fora de época”. 

A América do Norte, ocupada por separatistas ingleses, também negou a festa de Natal por muito tempo. Mas, no século 19, as coisas foram mudando e o evento se tornou, digamos, mais familiar e com o clima de fraternidade e paz que conhecemos até hoje.

A cereja do bolo que moldou o Natal exatamente como conhecemos hoje veio com um conto do autor inglês Charles Dickens. Ele criou uma história mágica que envolvia o feriado, chamada “Uma canção de Natal”, que trazia a importância da caridade e da boa vontade neste período. 

O sentimento atingiu vários leitores na Inglaterra e nos Estados Unidos, países que, historicamente, transmitem seus aspectos culturais para diversas partes do mundo. 

Por fim, o aspecto comercial foi incorporado à festividade: cartões, roupas novas, comida farta, presentes e lembrancinhas entraram na proposta. O Papai Noel virou rechonchudo e conquistou adultos e crianças em comerciais da Coca-Cola, em 1931. E o resto da história, nós já sabemos...

Então é Natal!

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse