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Quem é o homem que passou 34 anos fingindo ser louco para fugir da polícia

Publicado 9 Dez 2016 – 09:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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O roupão e os chinelos no meio das ruas de Nova York, nos Estados Unidos, eram o disfarce perfeito para um dos maiores mafiosos da cidade. Vincent Gigante não tinha problemas psiquiátricos, mas fingia ter “demência com danos cerebrais orgânicos” e, por isso, conseguiu escapar do FBI. 

Ele morreu em 2005, dentro de uma prisão, mas tendo sido mesmo capturado depois de muito custo, não respondeu nem a metade dos crimes que cometeu. Com ajuda de seus advogados, ele conseguiu relatórios de psicólogos e psiquiatras que o identificavam com alucinações. Foi internado 28 vezes em hospitais para se tratar. Um preço alto para quem queria fugir da prisão? Veja mais abaixo e tire suas conclusões.

Mafioso fingia problemas mentais

Vincent Gigante dizia (e comprovava) ser louco durante décadas frente à Justiça norte-americana e ao FBI. Mas, ele não tinha problemas psiquiátricos, de fato. Acontece que alegar insanidade o fazia escapar toda vez de condenações mais pesadas.

O disfarce de maluco começou em meados dos anos 60, quando resolveu adotar atitudes que demonstravam que ele era uma pessoa perturbada, mas inofensiva. Ele aparecia pelas ruas do bairro Greenwich Village com pijamas, chinelos e roupão.

Enquanto isso, sua escalada no crime ia se fortalecendo. Segundo informações do New York Times, na década de 90 ele era o principal líder da máfia na cidade, estendendo seu poder para Nova Inglaterra e Filadélfia. 

Todas as vezes que era julgado por associação à máfia, dizia que ninguém “abaixo da média assim era mentalmente capaz de liderar uma grande organização criminosa”.

Tentativas de prisão

Em 1990, Gigante foi indiciado por corrupção em contratos multimilionários de obras em Nova York. No tribunal, ele apareceu de pijama, roupão e um boné. 

Deu certo: a defesa disse que ele estava mental e fisicamente deficiente e seu caso foi julgado separadamente dos outros réus, se arrastando por mais sete anos.

Em 1996, um juiz de Brooklyn determinou que ele era mentalmente capaz de ser julgado por seus crimes, inclusive de assassinatos de outros mafiosos. Gigante fez uma cirurgia no coração e, mais uma vez, não foi preso, pagando uma fiança de um milhão de dólares.

A cartada final veio em 1997; ele foi julgado e condenado por conspirar a morte de outros criminosos nova-iorquinos, mas absolvido por outros assassinatos. A pena era de 12 anos. Ele morreu na cadeia em 2005, com 77 anos.

Em tempo: esta matéria relata um fato pontual e histórico sobre um personagem reconhecido mundialmente por sua atuação na máfia norte-americana.

O mundo do crime

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