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Marca anuncia que não trabalhará mais com modelos brancas e explica o porquê

Publicado 18 Jul 2018 – 05:20 PM EDT | Atualizado 18 Jul 2018 – 05:20 PM EDT
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Em meio a tantas discussões sobre inclusão e combate a estereótipos no universo da moda, uma marca australiana de acessórios está dando o que falar nas redes sociais por conta de uma atitude que pode revolucionar o mercado fashion.

A MOGA, que é especializada em xales e lenços de cabeça, anunciou publicamente que deixará de contratar modelos brancas e passará a exibir apenas mulheres de outras raças e etnias em suas campanhas promocionais.

Modelos brancas não serão mais contratadas

Fundada pelo designer Azahn Munas, que é natural do Sri Lanka, a empresa comunicou sobre sua decisão de mudar o casting de modelos através de um anúncio na web, em que convoca mulheres de todas as formas e tamanhos para serem as novas “caras” da marca.

O comunicado, divulgado tanto no Facebook quanto no Instagram da MOGA, explica que as interessadas não precisam ter experiência prévia como modelo e que podem vir de qualquer parte do mundo – desde que não sejam de origem caucasiana, termo que se refere a pessoas de pele em tonalidade branca.

“Desculpe, meninas, nós achamos vocês absolutamente lindas, mas, infelizmente, essa não é para vocês. [Estamos] nos alinhando a uma nova política da companhia em que não vamos mais exibir rostos caucasianos em nossas propagandas”, diz o texto.

Indo mais à fundo na questão, Munas contou ao site da revista Teen Vogue americana que a nova regra foi pensada como uma forma de gerar um debate importante sobre raça e representação racial na indústria fashion, dando mais espaço a modelos de outras cores de pele.

“Eu quero explorar essa noção de ‘poder branco’ na moda e por que tanta gente em nossa indústria está perpetuando esse conceito, consciente e inconscientemente. De uma forma, essa política está essencialmente virando o jogo e trocando o equilíbrio do poder em favor das minorias. Embora seja definitivamente excludente, no contexto mais amplo, ela é feita em nome da inclusão”, afirmou o designer à publicação.

Vale dizer que esta não é a primeira vez que Munas utiliza sua marca para levantar alguma questão social significante. Comprometida com o empoderamento feminino, a MOGA já produziu campanhas para celebrar a beleza negra e também criou uma coleção especial de produtos estampados com as cores do arco-íris para homenagear pessoas da comunidade LGBT.

Racismo no mundo

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