3 questões que mostram se você realmente conhece seu filho
O excesso de trabalho, afazeres e preocupações pode atrapalhar a interação familiar e fazer com pais e mães deixem de acompanhar de forma plena o desenvolvimento dos filhos. O tempo passa e, um dia, você percebe que não conhece, de fato, a criança que gerou.
De acordo com Danielle H. Admoni, psiquiatra da infância e adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP, a proximidade entre pais e filhos é fundamental para fortalecer vínculos afetivos e gerar segurança, confiança e autonomia na criança.
“Construir laços e um convívio saudável com seu filho é uma conduta que fará toda a diferença no futuro dele”, afirma a especialista.
Mas nem sempre é fácil identificar no dia a dia como anda a relação entre pais e filho. Para tornar a tarefa mais fácil, conheça 3 questões levantadas pela psiquiatra que ajudam a descobrir se você realmente conhece seu filho:
1. O que você sabe sobre seu filho?
Segundo Danielle, ter conhecimento sobre as características da criança, preferências, qualidades e defeitos, é fundamental não só para o relacionamento, mas para entender como seu filho encara o mundo, quais suas percepções e a maneira como lida ou reage frente a determinadas situações.
Você conhece os amigos do seu filho? Sabe a matéria e o esporte preferidos dele? Questionamentos sobre fatos simples e corriqueiros podem ajudar a descobrir como anda a interação familiar.
“Participar do desenvolvimento e manter interação demonstram que você está disposto a conhecer ou reconhecer o mundo do seu filho, transmitindo valores como empatia, confiança e humanidade”, explica a psiquiatra.
2. O que você e seu filho fazem juntos?
Você consegue se desligar de tudo e dar total atenção a seu filho no tempo que tem disponível? Tenha em mente que cada minuto junto deve ser aproveitado de forma plena e genuína, independentemente do que estão fazendo.
Danielle diz que uma relação próxima entre pais e filhos gera sentimentos de segurança e amor à criança, sendo fundamental para sua saúde mental, autoconfiança e para a construção de sua autoestima. "Os pequenos são dotados de grande sensibilidade e sabem perfeitamente se há interesse verdadeiro ou não”, afirma.
3. Quem seu filho procura quando precisa de ajuda?
Todos os pais querem ser o porto seguro de seus filhos, mas a verdade é que nem todos são. Muitas vezes, este posto pode ser da avó, de uma tia ou até mesmo da babá, caso a criança passe mais tempo com ela do que com qualquer familiar.
Por isso é importante tentar sempre manter um canal aberto com seu filho e ser aquela pessoa por quem ele chama quando está com medo ou dor, aconselha a psiquiatra.
Nunca menospreze o que a criança está sentindo e mostre que você entende seus sentimentos. Essa postura fará com que seu filho sinta abertura para expor suas emoções. E quando ele te procurar para falar, dê total atenção.
"Por fim, seja sempre afetuoso e mostre que você é um suporte. Assim, seu filho saberá que tem em você alguém sábio a quem recorrer durante toda a vida”, conclui Danielle.