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Meghan Markle revela perda gestacional: “Vivida por muitos, mas falada por poucos”

Publicado 25 Nov 2020 – 08:41 AM EST | Atualizado 25 Nov 2020 – 08:42 AM EST
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Nesta quinta-feira (25), Meghan Markle revelou em um artigo publicado no "The New York Times" que sofreu um aborto espontâneo em julho deste ano. Mãe do pequeno Archie, que nasceu em maio de 2019, ela ainda relatou como ela e o marido, o príncipe Harry, reagiram à situação. Confira:

Meghan Markle revela perda gestacional

Logo no início do artigo, entitulado "As perdas que compartilhamos", Meghan relembrou o momento em que soube que estava dando adeus ao bebê que seria o seu segundo filho com príncipe Harry, com quem é casada desde maio de 2018.

A duquesa relatou que seguia com sua rotina matinal com seu filho, Archie, quando sentiu fortes dores abdominais.

"Depois de trocar sua fralda, senti uma cãibra bem forte. Eu me joguei no chão com ele em meus braços, cantando uma canção de ninar para nos manter calmos, e a melodia alegre em forte contraste com a minha sensação de que algo não estava certo. Eu sabia, enquanto agarrava meu primeiro filho, que estava perdendo meu segundo filho", disse.

Meghan afirmou ter sido hospitalizada pouco tempo depois e tentou traduzir em palavras o sentimento de perda que ela e o marido enfrentavam naquele momento.

"Horas depois, eu estava deitada em uma cama de hospital, segurando a mão do meu marido. Senti a umidade de sua palma e beijei seus dedos, molhados com nossas lágrimas. Olhando para as paredes brancas e frias, meus olhos ficaram vidrados. Tentei imaginar como nos curaríamos (...) vendo o coração do meu marido se partir enquanto ele tentava segurar os pedaços do meu, percebi que a única maneira de começar a curar é primeiro perguntando: 'Você está bem?'", contou.

A duquesa usou este triste capítulo de sua vida para levantar uma discussão sobre empatia e sobre a polarização do mundo em vários aspectos, como a ciência a política.

No mesmo artigo, ela falou sobre a perda gestacional ainda ser vista como um tabu e como isso afeta as mulheres.

"Perder um filho significa carregar uma dor quase insuportável, vivida por muitos, mas falada por poucos. Na dor de nossa perda, meu marido e eu descobrimos que em um quarto com 100 mulheres, 10 a 20 delas sofreram aborto espontâneo. No entanto, apesar da incrível semelhança dessa dor, a conversa permanece um tabu, cheia de vergonha (injustificada) e perpetuando um ciclo de luto solitário", disse.

Por fim, Meghan defendeu a importância de ter um olhar cuidadoso sobre o outro, e comentou como isso pode "curar" as feridas das pessoas.

"Algumas corajosamente compartilharam suas histórias; elas abriram a porta, sabendo que quando uma pessoa fala a verdade, isso dá licença para todas nós fazermos o mesmo. Aprendemos que quando as pessoas perguntam como qualquer um de nós está indo, e quando realmente ouvem a resposta, com o coração e a mente abertos, o fardo da tristeza geralmente fica mais leve - para todos nós. Ao sermos convidados a compartilhar nossa dor, damos os primeiros passos em direção à cura", afirmou.

Famosas que falaram sobre aborto

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