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Há mortes de crianças por coronavírus, diz OMS: veja recomendações aos pais

Publicado 16 Mar 2020 – 05:38 PM EDT | Atualizado 17 Mar 2020 – 10:23 AM EDT
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, pela primeira vez, que há registros de mortes de crianças pelo novo coronavírus.

A informação aconteceu durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (16). Entenda o que fazer para proteger os pequenos contra a infecção por SARS-CoV-2.

Há mortes de crianças por coronavírus, diz OMS

Reunidos nesta segunda-feira (16) para fornecer atualizações sobre a pandemia de SARS-CoV-2, representantes da OMS falaram pela primeira vez sobre casos de mortes de crianças por COVID-19, a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

Ao listar o orientações gerais da OMS para a prevenção do vírus e os cuidados que a entidade recomenda para a população, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, reforçou que a COVID-19 trata-se de uma doença que deve ser levada com seriedade por todos.

Em seu discurso, chefe da OMS reiterou que embora a faixa etária acima de 60 anos seja o grupo populacional mais vulnerável à COVID-19, isso não significa que outros grupos estejam imunes. “Jovens, incluindo crianças, morreram”, disse Adhanom.

O número total de crianças mortas pelo novo coronavírus não foi revelado pela OMS, tampouco as condições que levaram esses pacientes ao óbito.

Segundo Maria van Kerkhove, diretora técnica da OMS, o que se sabe atualmente é que, assim como o resto da população, crianças são suscetíveis à infecção por SARS-CoV-2.

“O que nós sabemos é que crianças têm uma ‘doença mais leve’”, disse Maria. Normalmente, quando infectada pelo SARS-CoV-2, a criança apresenta sintomas típicos da doença, mas de uma forma mais branda. Os sintomas de COVID-19 em crianças são os mesmos apresentados por adultos:

  • febre
  • fadiga
  • tosse seca
  • dores
  • congestão nasal
  • coriza
  • garganta dolorida
  • diarreia

Apesar de não ser um grupo em que a COVID-19 se manifesta de maneira intensa, Maria reforça o pedido de atenção proposto por Adhanom. “Nós vimos crianças morrerem. Então é importante que protejamos as crianças como uma população vulnerável”, falou Maria.

Como proteger crianças do novo coronavírus

Algumas ações para reduzir a transmissão do SARS-CoV-2 são especificamente voltadas para crianças e bebês.

Olímpio Barbosa de Moraes Filho, presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), destaca, por exemplo, que bebês e crianças pequenas não possuem vida social que seja 100% independente dos pais ou tutores adultos. Deste modo, os responsáveis devem sempre ter os cuidados com a etiqueta de respiração dos pequenos, assim como seus hábitos de higiene, e estar atentos caso suspeitem de possível contágio pelo vírus.

“Os adultos devem sempre lavar as mãos e fazer higienização da criança. Ela por si só não tem vida social. Se o adulto, como cuidadores, pais ou outras pessoas que interagem com a criança, pegar o metrô ou ônibus, deve lavar bem as mãos antes de pegar em objetos da casa.”

O cuidado com a higienização das mãos também vale para os brinquedos da criança e objetos que possam entrar em contato com os pequenos e sujeitos à contaminação por SARS-CoV-2.

No caso da escolinha, o médico afirma que a rotina de aulas será alterada conforme a orientação de cada gestor do município ou estado da federação.

Tratamento de COVID-19 em crianças

Caso uma criança contraia a COVID-19, o tratamento para a doença é o mesmo feito em adultos. Os cuidados incluem oferta suplementar de oxigênio e administração de fluidos, com vias e características que dependem das condições clínicas da pessoa infectada.

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