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Romana descreve o parto de Ravi: da bolsa estourando na banheira à maior dor da vida

Publicado 16 Jan 2020 – 10:40 AM EST | Atualizado 16 Jan 2020 – 10:40 AM EST
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Mãe de primeira viagem, Romana Novais dividiu com seus seguidores toda a sua gestação. E não foi diferente com o trabalho de parto. Na última quarta-feira (15), a médica publicou um texto contando os últimos momentos antes de ter o filho nos braços.

Relato de parto de Romana Novais

Após cinco dias do nascimento de Ravi, Romana escreveu um relato detalhado sobre seu parto natural e humanizado. A médica, que começou a sentir contrações leves três dias antes da chegada de seu primeiro filho, descreveu as últimas horas de sua gestação de 38 semanas e o momento ápice da gravidez.

"No dia 09/01 mandei uma mensagem para minha obstetra e, então, ela me pediu para eu ir na clínica. Estava com 3 cm com contrações espaçadas", conta. A partir desse momento, Romana se preparava para a chegada do filho: fez exercícios para fortalecimento da musculatura pélvica e aproveitou para dormir à tarde.

Foi então na madrugada do dia 10 que ela percebeu que a hora do parto se aproximava. Às 3 horas da manhã, Romana já sentia contrações a cada 8 minutos. "Eu me movia de um lado para o outro questionando minha mãe se isso era normal. Corri para um banho quente da cabeça aos pés, o banho me aliviava", relembra.

Os obstetras de Romana, que haviam jantado com a família aquela noite e já estavam em casa, retornaram para avaliá-la. Assim que chegaram, a esposa de Alok apresentava 6 cm de dilatação e a família começou a se organizar para ir ao hospital.

"Assim que cheguei, minha enfermeira obstetra realizou o carditoco certificando de que o Ravi estava bem", explica. Romana também passou por avaliação e já estava com 8 cm de dilatação: "Acontecia tudo rápido e demorado ao mesmo tempo, senti a maior dor da minha vida".

Orientada pela doula, Romana fez alguns exercícios e se encaminhou para a banheira, onde sua bolsa estourou. "O Alok assustado fazia massagem na minha pineal (ponto na cabeça)... eu sentia dor, mas concentrei na minha e isso me ajudou por algum tempo", lembra.

Veja fotos do parto no carrossel abaixo:

Mesmo focada no parto, Romana lembra que teve momentos de alívio em que chegou a pedir seu batom e até tomou um sorvete: "Não lembro o sabor kkkkkk", brinca. Além de Alok, ela contou com a presença da mãe, que diz ter sido fundamental. "Ela me dava forças, tranquilidade e me encorajava para não desistir", explica.

A dor aumentou ainda mais quando chegou aos 9 cm de dilatação, a respiração sozinha já não era mais suficiente e Romana passou a gritar como forma de amenizar. Em um momento, ela chegou a pedir anestesia, mas foi avisada pela obstetra de que ela estava prestes a conseguir.

"Eu sempre acreditei no poder da natureza, no sagrado do feminino, no poder de nós mulheres e, por isso, eu insistia", afirma. Apesar dos 10 cm de dilatação, Ravi ainda não estava na posição correta. Nesse momento, Romana sentiu medo e decidiu pelo uso de analgésicos.

"Aos poucos, a intensidade da dor foi diminuindo e fui ficando mais confortável e disposta", conta.

Nascimento de Ravi

Como Ravi não se encontrava na posição ideal para o parto normal, foi usada uma manobra (spinnig babies) para a rotação e encaixe perfeito do bebê. "Foi o momento mais doloroso do parto, não dá para explicar em palavras", lembra.

Mas o apoio de todos na sala de parto e a consciência de que o filho estava prestes a nascer deram força à Romana. "Com o Ravi encaixado, chegou o momento de escolher qual posição em que eu estava mais confortável para recebê-lo".

Romana optou pela banqueta de parto e usou toda a sua concentração nas contrações para dar à luz o mais rápido possível. Ao sentir pela primeira vez o filho, ela sentiu mais coragem de continuar: "Com toda a minha garra eu supliquei que ele viesse logo e com toda a minha força eu fiz tudo o que podia para trazê-lo ao mundo e para os meus braços".

"É impossível descrever o que eu senti quando percebi que estava saindo e, com minhas próprias mãos, o trouxe para o meu peito, abraçando e sentindo um amor inexplicável". Após o cordão umbilical parar de pulsar, foi Alok quem fez o corte: "Foi o momento que mais sonhei e estava acontecendo, que alegria!",

Emocionada, Romana agradeceu ao filho pela força de ter feito tudo para que aquele momento acontecesse, mostrando que estava bem para prosseguir com o parto normal. "Foi lindo vivenciar tudo isso. E sim, doeu muito, mas eu faria tudo exatamente igual, foi incrível ver e sentir o poder da natureza agindo", finaliza.

Filho de Alok e Romana Novais

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