null: nullpx
desejo sexual-Mulher

Isis com libido ‘bizarra de boa’ e Sabrina sem vontade: o que regula o desejo na gravidez

Publicado 26 Nov 2019 – 12:07 PM EST | Atualizado 26 Nov 2019 – 12:07 PM EST
Compartilhar

Ao engravidar, mulheres costumam ouvir histórias diferentes sobre reações do corpo à gestação - especialmente quando o assunto é desejo sexual na gravidez, já que algumas, como a atriz Isis Valverde, veem a libido aumentar, e outras, como a apresentadora Sabrina Sato, perdem um bocado da vontade de fazer sexo durante o período.

Assim como outros aspectos da gravidez (como o tamanho da barriga, o ganho de peso e a presença ou não de desejos incomuns), a queda ou o aumento da libido na gravidez é algo particular de cada mulher, além de ser uma alteração que se baseia em uma série de fatores - tanto físicos quanto emocionais.

Libido na gravidez: Sabrina Sato e Isis Valverdes têm histórias diferentes

Bem como diversas mulheres, a atriz Isis Valverde experimentou, enquanto esperava seu primeiro filho, Rael, um aumento no desejo sexual. Em entrevista ao jornal “Extra”, ela disse: “Durante a gravidez, minha libido estava bizarra (de boa). Depois, voltou ao normal”. Sabrina, no entanto, viveu o oposto.

Após dar à luz Zoe, sua primeira filha, a apresentadora revelou em seu canal no YouTube que não sentiu seu desejo sexual aumentar durante a gestação. “Vontade minha nunca veio. Eu não tinha aquela vontade doida que nem falavam que dava”, disse ela. Agora, com Zoe completando um ano de vida, Sabrina admitiu que sua libido segue baixa após a maternidade.

Aumento ou queda na libido da grávida: fatores que influenciam

Conforme explica o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, há uma série de fatores que podem influenciar o aumento ou a queda da libido na gravidez. “A mudança de postura, os medos, o excesso de trabalho, o estresse e as alterações hormonais podem influenciar o desejo da gestante”, afirma ele.

Sobre isso, o médico cita, por exemplo, a crença comum de que o ato sexual machuca o bebê dentro do útero ou põe a gestação em risco - algo que, conforme explica, não ocorre. Mudanças hormonais também podem afetar a mulher, mas os fatores físicos que tendem a derrubar a libido costumam chegar mais ao final da gestação.

“No último trimestre, o barrigão já começa a incomodar e a ansiedade pela proximidade do parto também pode atrapalhar. A vagina fica mais seca e é recomendável usar lubrificante”, afirma o médico, que também lista a ansiedade com a chegada do bebê como um possível fator determinante da libido.

Além disso, ele também ressalta fatores emocionais para a redução do desejo sexual; segundo ele, há mulheres que sofrem com queda da autoestima na gravidez e no pós-parto (especialmente pelas mudanças do corpo na gestação), e isso pode fazer com que elas não se sintam atraentes o suficiente para manter a vida sexual típica.

Antes disso começar a acontecer, no entanto, há mulheres que experimentam a sensação oposta - algo que, segundo o médico, costuma ocorrer durante o segundo trimestre da gestação, já que é nesta fase a mulher tende a estar mais segura quanto ao bebê e ainda não tem uma barriga tão grande.

A normalização total do desejo sexual, de acordo com Mantelli, costuma ocorrer cerca de cinco meses após o nascimento da criança, e a demora acontece porque, além de o parto gerar alterações hormonais que afetam a libido, a autoestima da mulher reage a um novo corpo e a dinâmica do casal muda completamente.

Gravidez, pós-parto e mais

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse