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Anvisa emite alerta sobre remédio para enjoo usado por grávidas

Publicado 9 Out 2019 – 01:18 PM EDT | Atualizado 9 Out 2019 – 01:18 PM EDT
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre uma substância encontrada em remédios para enjoo. O aviso é sobre os prejuízos que o medicamento traz ao feto caso mulheres grávidas façam uso do produto. Entenda:

Remédio para náusea na gravidez: Anvisa emite alerta

Em comunicado publicado no site da Anvisa, a agência alerta sobre o uso, na gestação, de medicamentos contendo ondansetrona.

De acordo com a agência, a ondansetrona não deve ser usada por mulheres grávidas, especialmente no primeiro trimestre da gestação, por oferecer risco de malformação congênita, como o mau fechamento orofacial - principalmente casos de fenda palatina, também conhecido como lábio leporino.

A Anvisa ainda alerta que a segurança para o uso da ondansetrona durante o segundo e terceiro trimestre da gravidez não está estabelecida. Em mulheres em idade fértil, a recomendação é de que a substância seja utilizada concomitantemente a medidas contraceptivas eficazes.

Ainda não se sabe o mecanismo que torna a ondansetrona prejudicial à saúde do feto e o porquê de a substância interferir na gravidez da mulher. As investigações estão em andamento.

O alerta da Anvisa veio após um estudo espanhol publicado pela Agencia Española de Medicamentos y Productos Sanitarios (AEMPS).

Remédios que contêm ondansetrona

A ondansetrona é encontrada em remédios para casos de náuseas e vômitos. No mercado, eles recebem os nomes Setronax®, Vonau®, Ansentron®, Ontrax®, Emistop®, Nausedron®, Nantron®,Ondantril®, Zofran®, Ondralix ®, Ondanles®, Modifical®.

Geralmente, esta substância é indicada para pacientes que estão em tratamento com quimioterapia e radioterapia ou em processo de pós-operatório que geram mal-estar. Porém, medicamentos com ondansetrona são administrados em grávidas também.

Atualmente, a ondansetrona pertence à categoria B de risco na gravidez, quando o remédio precisa de orientação médica ou de um cirurgião-dentista para ser usado. Agora, com as novas evidências, a Anvisa analisa a possibilidade de mudá-lo para a categoria D, quando há evidência de perigo para o feto, mas os benefícios para a mulher podem, eventualmente, justificar o risco.

A agência alerta, ainda, que, conforme as investigações avançarem, é possível que o medicamento passe a ser contraindicado para grávidas.

A orientação é que todos os profissionais de saúde informem as mulheres em idade fértil que estão em tratamento com a ondansetrona sobre o risco de malformação congênita, especialmente no primeiro trimestre da gestação.

Cuidados na gravidez

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