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Claudia Leitte mostra ordenha durante a mamada: quando fazer e quais os benefícios

Publicado 3 Set 2019 – 04:21 PM EDT | Atualizado 3 Set 2019 – 04:21 PM EDT
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Após o nascimento de Bela, Claudia Leitte vem dividindo o dia a dia com a recém-nascida em suas redes sociais e chamou atenção ao compartilhar um pouco de como tem sido o aleitamento da bebê.

Em uma foto publicada no Stories do Instagram, a cantora apareceu dando o peito à filha enquanto realizava a ordenha com bombinha de leite na outra mama. Além da curiosidade, a foto gerou dúvida: será que todas as mamães precisam tirar leite durante a amamentação? Veja:

Claudia Leitte tira leite enquanto amamenta Bela

A foto singela publicada no Instagram revela um momento especial entre mãe e filha. Bela é a terceira filha da cantora, fruto do casamento com o empresário Márcio Pedreira. Enquanto a menina pega uma das mamas de Claudia Leitte, a cantora aproveita a mama "livre" para ordenha com ajuda de uma bombinha.

O clique chamou atenção e acabou levantando dúvidas sobre a prática de ordenha de leite durante a amamentação, mesma técnica usada por Sabrina Sato para garantir o leite materno para Zoe no Carnaval. Será que todas as mulheres que amamentam precisam ordenhar o leite? É saudável que isso aconteça durante o aleitamento?

De acordo com a médica Patricia Rezende, pediatra do grupo Prontobaby, existem benefícios na ordenha junto com a amamentação, entretanto, nem todas as mamães precisam realizar o procedimento.

Ordenha de leite materno

As cobranças em relação à maternidade começam ainda antes do nascimento do bebê e perduram a vida toda da mulher. Tais exigências acontecem ainda no puerpério e, muitas vezes, têm a ver com a amamentação. Pressionadas, muitas mães acabam se cobrando demasiadamente em relação à produção de leite e acabam usando a ordenha manual ou elétrica para aumentar a produção de leite.

Contudo, muitas vezes essas mulheres acabam investindo um esforço desnecessário ao praticar a ordenha do leite, pois a prática é dispensável em diversos casos.

"Se a criança está ganhando peso adequadamente e a mulher não está para voltar ao trabalho, não tem por que ordenhar o leite... A não ser que ela esteja, por exemplo, fazendo doação de leite", explica a médica.

Todavia, até mesmo as mulheres que têm como intenção realizar a doação de leite materno devem se atentar a alguns detalhes particulares, para evitar uma superprodução de leite, que pode acarretar em outros problemas.

Já que o seio materno funciona como uma espécie de "fábrica", na qual o aumento na retirada de leite é proporcional ao aumento da produção, é preciso observar de perto a quantidade de leite produzida para evitar problemas de saúde.

"A vantagem [de fazer ordenha] seria ter uma maior produção, mas esse aumento, em alguns casos, pode ser desvantajoso. Existem mulheres que produzem hiperlactação, que é a produção excessiva de leite, e que, as vezes, pode ter um reflexo de ejeção tão forte [o leite sair como um jato bem forte] que a criança pode engasgar", explica a especialista.

Estimular excessivamente a produção e ter muito leite materno pode acarretar também em problemas para a mulher. A ordenha excessiva pode, por exemplo, causar assaduras nos seios.

"Se essa mulher tiver produzindo um excesso de leite e não tiver tirando tudo, ela pode desenvolver um ingurgitamento mamário [acúmulo de leite nas mamas], levando até a uma mastite, que é uma infecção que geralmente causa dor e desconforto nos peitos", explica.

Entre as mulheres que precisam estocar o leite materno pela necessidade de voltar aos compromissos de trabalho, ou precisam aumentar a produção de leite, fazer a ordenha no momento exato em que amamenta é uma prática benéfica. Nesse momento, existe uma maior liberação do "hormônio do amor", a ocitocina, que ajuda na contração do útero no momento do parto e também na produção do leite da mãe.

"A mulher não precisa ordenhar enquanto amamenta, mas se ela fizer isso vai conseguir ordenhar uma maior quantidade de leite. Isso porque o reflexo de ejeção do leite é estimulado pela ocitocina. Então, ter a criança ao seio materno, o cheiro da criança, o toque, o calor... estimulam essa descida do leite", explica Patricia.

Cuidados ao fazer ordenha do leite materno

As mamães que precisam estocar leite materno devem atentar-se a algumas instruções para que o congelamento do leite aconteça de maneira segura. É necessário saber que o leite após congelado deve ser consumido dentro do período de 2 a 3 meses, entretanto, o leite que será encaminhado para doação precisa chegar aos bancos de leite em até dez dias após a coleta.

De acordo com Patricia, outros cuidados também precisam ser tomados, como a higienização da mão e da mama, além de ter sempre um recipiente de vidro com fechamento de plástico totalmente esterilizados para o armazenamento.

"Também é importante escolher um lugar calmo onde a mulher possa, sem pressa, realizar a ordenha, seja manual ou com auxílio de bombas. Esse leite deve ser congelado imediatamente. Caso a mulher não complete o vidro de primeira, ela pode colocar mais leite, mas a data de validade continua sendo a do primeiro leite colocado", ensina.

Já na geladeira para descongelar, o leite dura de 12 a 24 horas, após esse período precisa ser descartado. É importante lembrar que o alimento não pode ser congelado novamente.

"Para descongelar o leite, a mulher deve fazer banho-maria e é importante ressaltar que o leite que não foi usado não deve ser esquentado novamente, tem que ser descartado. O ideal é que ela congele pequenas porções que a criança vá consumir", fala.

Por último, algumas doenças maternas - como mulheres portadoras do vírus HIV - e o uso de alguns medicamentos impossibilitam a amamentação. Em caso de dúvidas, existem sites que disponibilizam uma lista completa de medicamentos proibidos na amamentação.

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