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Como Thammy vai ser pai? Saiba como é a técnica que permitiu gravidez de Andressa

Publicado 3 Jul 2019 – 12:07 PM EDT | Atualizado 3 Jul 2019 – 12:07 PM EDT
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Recentemente, Thammy Miranda e Andressa Ferreira usaram as redes sociais para anunciar que finalmente estão à espera de seu primeiro filho juntos e, além da emoção que naturalmente marca um momento como esse, os dois estão comemorando também o sucesso do processo que possibilitou a gestação: a fertilização in vitro (FIV).

Tanto Thammy quanto Andressa mostraram em seus perfis no Instagram que o procedimento começou no início de fevereiro e, conforme contou ele em um vídeo publicado recentemente, apenas uma tentativa foi necessária para que Andressa engravidasse. O anúncio, portanto, ocorreu no 3º mês da gravidez, seguido por um chá revelação em que eles descobriram estar à espera de um menino.

Por ser um homem trans, Thammy não possui espermatozoides, então a técnica que decidiram usar para realizar o sonho de gerar um filho foi a que dá origem aos popularmente conhecidos como “bebês de proveta”, apropriada não só para situações como esta mas também para casais com problemas de fertilidade e mulheres que têm problemas nas trompas ou endometriose.

Fertilização in vitro (FIV): como é feita?

Problemas na produção dos gametas femininos e masculinos (óvulos e espermatozoides) e algumas doenças podem fazer com que o casal não consiga conceber um bebê de maneira natural - ou seja, a partir de relações sexuais, deixando que essas células se encontrem e deem origem a um embrião. Para resolver isso, a FIV faz com que esse processo ocorra fora do corpo.

No procedimento, os óvulos da mãe são retirados e fecundados pelos espermatozoides do pai ou do doador de esperma escolhido pelo casal, sendo este o método pelo qual Andressa passou. Conforme a fecundação ocorre e dá origem a um embrião, ele é transferido para o útero da mulher, onde pode ou não vingar e dar início a uma gravidez.

Nada simples, a técnica requer uma série de exames e etapas que devem ser seguidas corretamente. Para isso, Thammy e Andressa optaram por fazer o procedimento na clínica Conceptions Florida, centro de fertilidade nos Estados Unidos que, conforme informa em seu site, conta com tecnologias que aumentam as chances de sucesso da técnica.

Etapas da FIV

Hormonização da mulher

Após consultas e exames que medem os níveis hormonais da mulher, ela passa a fazer uso de hormônios que, conforme explica a clínica escolhida pelo casal, estimula a produção múltiplos óvulos durante o ciclo menstrual. A dosagem dos hormônios depende da contagem de óvulos da mulher e a etapa tem duração de aproximadamente dez dias.

Tanto no Instagram quanto no YouTube, Thammy e Andressa compartilharam partes do procedimento, mostrando que a futura mamãe recebeu duas doses de hormônio por dia durante essa fase da FIV, todas aplicadas pelo próprio marido a partir de injeções.

Colheita dos óvulos

Para que os óvulos amadureçam corretamente, a mulher recebe a injeção de um hormônio chamado HCG (gonadotrofina coriônica humana) e, cerca de três dias após essa aplicação, as células estão prontas para a extração. Esta etapa é realizada sob sedação e em um consultório, tendo como possíveis efeitos colaterais leves dores e cólicas horas após o procedimento.

Fertilização

No mesmo dia em que os óvulos são colhidos, eles são fertilizados pelo esperma, que pode ser do pai ou de um doador. Aqui, cada óvulo fica incubado durante uma noite em meio a milhares de espermatozoides - ou, nos casos em que o homem tem uma contagem baixa de espermatozoides, também é possível injetar apenas um deles em um óvulo manualmente.

Caso a mulher opte por fertilizar apenas um óvulo, outras células extraídas na etapa anterior podem ser congeladas, algo que possibilita uma gravidez futura a partir do mesmo método.

Monitoramento dos embriões

Uma vez fecundados por espermatozoides, os óvulos se tornam embriões que, ainda fora do corpo, são monitorados de perto por até cinco dias. Durante essa espera, a mulher começa a tomar progesterona, hormônio que prepara o corpo para abrigar e gerar o bebê.

Transferência do embrião

De três a cinco dias após a fertilização dos óvulos, os embriões são implantados no útero da mãe, sendo este o “momento decisivo” do processo - que, de acordo com a clínica, é indolor. A decisão do momento em que a transferência vai ocorrer, porém, depende de uma série de fatores, como a idade da mulher, a quantidade de embriões saudáveis, o histórico do tratamento, etc.

No 3º dia de desenvolvimento assistido, o embrião tem poucas células, enquanto no 5º já possui centenas, que se dividem entre o grupo que dará origem ao bebê e ao que dará origem à placenta. Em uma gestação natural, é no 5º dia que o embrião chega ao útero, e, de acordo com a Conceptions Florida, fazê-lo neste dia aumenta drasticamente as taxas de gravidez.

Uma vez implantados, os embriões podem ou não se desenvolver. Caso vinguem, a mulher dá então início a uma gravidez como outra qualquer

Diferença na FIV de Andressa

Segundo o site da Conceptions Florida, o diferencial da clínica escolhida por Thammy e Andressa é uma tecnologia chamada LifeAire, presente apenas neste centro de fertilização entre todos os localizados na Flórida. Como óvulos, espermatozoides e embriões são células frágeis, precisam ser cultivados em um local perfeitamente seguro - algo que a tecnologia diz possibilitar.

Conforme informações disponibilizadas pela clínica, o sistema LifeAire remove do ar 99,99% dos organismos que podem fazer mal aos gametas e embriões, purificando-o antes que ele entre em contato com o local em que a fertilização ocorre. Segundo dados desse serviço, seu uso aumenta em 15% as taxas de sucesso da FIV e reduz as de aborto espontâneo após o procedimento.

Escolha do doador

Nos casos como o de Thammy e Andressa, em que o esperma usado na fecundação não é do pai da criança, o casal recorre a bancos de esperma, onde estudam possíveis doadores e escolhem um para “participar” do processo. Apesar de haver opções no Brasil, muitas pessoas optam por recorrer a bancos de esperma no exterior, como fez a influencer Karina Bacchi.

Conforme contou em entrevistas, ela fez isso após descobrir que, fora do país, teria acesso a mais dados sobre os possíveis doadores - como informações não apenas quanto ao físico deles, mas também quanto à sua saúde e seus familiares. Ao detalhar a FIV da esposa no início do processo, Thammy contou em seu Instagram que o doador escolhido se parece com ele.

Riscos da FIV

Ainda que a fertilização in vitro possibilite a gestação que tantos casais sonham em ter, ela também tem riscos. O principal, segundo o ginecologista Joji Ueno, é o da mulher ter a síndrome da hiperestimulação do ovário, que a faz produzir um excesso de hormônio, causando inchaço e dores. Na ausência de uma gestação, o problema pode se curar sozinho, mas, em casos raros, pode se agravar e levar à internação da mulher para que ela seja tratada.

Famosos que fizeram FIV

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