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Como saber quando a bolsa estourou? Médica ensina e alerta: não há motivo para desespero⠀

Publicado 5 Jul 2019 – 12:24 PM EDT | Atualizado 5 Jul 2019 – 12:24 PM EDT
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Nos filmes e nas novelas, a cena é bastante comum: a mulher, grávida, percebe o rompimento da bolsa e todos correm desesperados para o hospital para a chegada do bebê. Na vida real, no entanto, as coisas não ocorrem desta forma: o parto pode demorar um bom tempo após a saída do líquido amniótico.

Em seu perfil no Instagram, a ginecologista e obstetra Anna Beatriz Herief explicou todo o processo que envolve a bolsa rota (rompida) até o nascimento do bebê e alerta: não há motivos para pânico ou desespero quando a bolsa se rompe.

O rompimento da bolsa é chamado de Rotura Prematura de Membranas Ovulares. Segundo a médica, recebe a definição de “prematura” porque acontece antes do início do trabalho de parto, ou seja, quando a gestante ainda não tem contrações.

Como saber se a bolsa estourou?

Identificar o rompimento da bolsa é fácil: o líquido amniótico molha a roupa íntima, a cama, escorre pelas pernas, “sai uma aguaceira mesmo”, diz a ginecologista. É importante, porém, que a mulher não confunda a bolsa rota com “rotura alta” ou coriorrexe, que é quando apenas a membrana externa se rompe, liberando uma pequena quantidade de líquido.

Neste caso, perde-se o pouco líquido da fina lâmina presente entre as membranas e depois cessa. Apenas uma minoria das mulheres rompe a bolsa antes do início do trabalho de parto, afirma a médica. Na grande maioria, o fenômeno só acontecerá durante fases mais avançadas do trabalho de parto.

Quanto tempo esperar após a bolsa romper?

O motivo pelo qual a ginecologista afirma que não é preciso se desesperar é o longo período que o bebê terá para nascer após o rompimento da bolsa. De acordo com as estatísticas, 70% das mulheres entrará em trabalho de parto em até 24 horas. Entre 80 e 85% entrará em trabalho de parto em até 48 horas e 95% entrará em trabalho de parto em até 72 horas.

A especialista afirma que não existem evidências com relação a tempo de espera de bolsa rota relacionando a mais ou menos riscos. Tampouco há na literatura médica uma definição de tempo máximo que se deva esperar para internação.

Independente da equipe que acompanha a gestação e do tempo que foi combinado para esse tipo de caso, se a mulher não estiver segura com a espera, a partir de 24 horas é razoável internar e induzir o parto.

Trabalho de parto

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