Amanda Françozo evitou sexo na gestação para não pegar doença do marido: há risco?
Ao falar de sua experiência na gestação, a apresentadora e jornalista Amanda Françozo revelou por que evitou fazer sexo com o marido, o empresário Gregor Ferreira, na gravidez. Segundo relato da própria, ao longo da gestação, o parceiro contraiu dengue e, para evitar uma possível contaminação, as relações foram suspensas.
Amanda Françozo evitou sexo com o marido na gravidez
Grávida de sua primeira filha, Amanda bateu um papo com Marcelo Bonfá, no canal do jornalista no YouTube, sobre o que tem feito durante a gravidez de Vitória.
Ao ser questionada por Bonfá sobre a vida sexual de grávidas, Amanda revelou que o sexo é algo que ela e o marido evitaram durante um tempo.
De acordo com a jornalista, a decisão ocorreu pelo fato de Gregor ter sido contaminado com o vírus da dengue. Desse modo, ambos optaram por não transar para que Amanda não se contaminasse também.
“É muito importante [a grávida] passar repelente e o parceiro também, porque se ele pegar dengue, ele pode passar para você pela relação sexual. Então, nós evitamos a relação no período em que ele estava com dengue”, comentou Amanda.
Transmissão da dengue pelo sexo: é possível?
O ginecologista Alberto Guimarães explica que, tanto o vírus da zika quanto o da dengue podem estar presentes no sêmen e, assim, ser transmitido através do sexo.
“Estudos recentes mostram que, mesmo depois de um mês de a pessoa ter sarado da dengue, havia a presença do vírus da dengue em seu esperma”, afirma.
Parceiro com dengue: o que a grávida deve fazer?
Caso o homem venha a ser contaminado com o vírus da dengue, Guimarães afirma que não é, necessariamente, o caso para o sexo ser evitado. Porém, precauções devem ser tomadas para evitar uma possível transmissão.
“Caso o parceiro trabalhe em uma região endêmica, estimulamos o uso de preservativo. Na dúvida de contaminação, use sempre preservativo.”
Risco da dengue para a grávida
A dengue é uma doença que traz uma série de riscos à gravida. O primeiro trimestre da gestação é o mais perigoso para contrair a dengue, uma vez que no período as grávidas podem sofrer com sangramentos e queda de pressão, fatores responsáveis pelo aborto.
Já nos últimos meses, a doença pode estimular o trabalho de parto prematuro.
"Durante a gravidez o organismo da mulher está diretamente voltado para o desenvolvimento do feto, o que deixa sua imunidade mais enfraquecida e o corpo vulnerável ao vírus. No entanto, raramente a doença é passada para o bebê", diz a infectologista Régia Domous.
De acordo com a especialista, a dengue na gestação pode levar a uma maior incidência de baixo peso nos bebês e hemorragia no parto e no pós-parto.
Dengue na gravidez é diferente da "comum"?
Os sintomas da dengue na gravidez são os mesmos de uma pessoa que não está gestante: febre, mal-estar, sonolência, prostração, vômitos, diarreia, dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações.
Em casos de dengue hemorrágica, a doença ainda traz manchas vermelhas no corpo, facilidade na formação de hematomas, sangramento de mucosas, mudança na pressão arterial e aumento de tamanho de órgãos como o fígado e o baço. O importante, caso a mulher esteja grávida, é que seu pré-natal esteja em dia e que a doença seja acompanhada de perto pelo médico.
Vale dizer que o vírus não é transmitido pelo leite materno. Por isso, mesmo com a confirmação da doença, o aleitamento deve ser estimulado.