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Problema para ovular fez Luiza Possi achar que não engravidaria naturalmente: o que é?

Publicado 7 Mai 2019 – 03:50 PM EDT | Atualizado 7 Mai 2019 – 03:50 PM EDT
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Luiza Possi está grávida pela primeira vez e o bebê é fruto da união com o diretor de televisão Cris Gomes, com quem se casou em setembro de 2018. Agora a futura mamãe curte todas as mudanças que a gestação representa, entretanto, ela chegou a dizer que tudo aconteceu de maneira inesperada.

Em entrevista ao VIX, a cantora esclarece o porquê da gestação de Lucca ter sido uma grande (e positiva!) surpresa. Acontece que Luiza chegou a ser desacreditada por alguns profissionais, que afirmaram que ela não conseguiria engravidar de maneira natural devido a um problema no desenvolvimento de seus óvulos. Entenda:

Luiza Possi grávida

Grávida aos 34 anos, a filha de Zizi Possi revela que ouviu de alguns médicos que precisaria apelar para um tratamento para engravidar, por causa de um problema congênito no desenvolvimento de seus óvulos.

"O meu óvulo não chegava no tamanho ideal que precisava chegar para ovular", explica.

A notícia da primeira gestação pegou a cantora totalmente desprevenida, pois acabou acontecendo sem a necessidade de qualquer intervenção médica ou acompanhamento especial após a confirmação. Mas, afinal, o que o "tamanho do óvulo" pode influenciar na fecundação?

Tamanho do óvulo

Para entender o processo em sua totalidade, é preciso saber como funciona o ciclo menstrual, que é o que irá produzir o folículo e possibilitar uma gestação. No ciclo menstrual normal, o hipotálamo produz um hormônio chamado GnRH, que estimula a hipófise, responsável por produzir o FSH e LH.

O FSH e o LH são hormônios gonadotróficos e irão estimular o ovário e o crescimento folicular. Quando o folículo dentro do ovário chega a um determinado tamanho (entre 18 e 20 mm) ocorre um pico de LH, que é quando o folículo se rompe e libera o óvulo dentro dele, processo conhecido como ovulação.

Paulo Gallo, especialista em reprodução humana assistida e diretor-médico do Vida - Centro de Fertilidade, esclarece que quando a cantora fala em "tamanho do óvulo", na verdade, ela está se referindo ao folículo, também chamado de cisto folicular, já que o óvulo possui um tamanho microscópico e não pode ser visualizado em exames de ultrassom.

"O que se visualiza na ultrassonografia é o folículo ou cisto folicular, que deve conter um óvulo dentro. Quando se diz que o folículo não atinge determinado tamanho, é por que essa mulher não está ovulando", explica.

Não ovular é normal?

A anovulação é mais comum ainda no primeiro ano de menstruação da mulher ou nos anos que antecedem a menopausa. Ela é responsável por mais de 50% dos casos de dificuldade para engravidar nas mulheres.

Durante o período de vida fértil, caso as mulheres não apresentem ovulação por três meses seguidos, ou seja, notem a ausência de menstruação ou sangramento desregular, é preciso investigar a causa.

É importante ressaltar que a anovulação pode estar associada a diversas causas físicas, como a síndrome do ovário policístico, peso muito baixo ou muito alto, tumores e até mesmo a prática de atividade física intensa por um longo período de tempo.

Contudo, as causas da falta de ovulação da mulher precisam ser investigadas por um profissional, junto com exames. Entre as mais diversas possibilidades, Paulo comenta que uma condição comum que acomete as mulheres que passam por esse problema é também a falência dos ovários.

"Uma condição que pode fazer com que a mulher não ovule seria se o ovário estivesse entrando em falência ou menopausa precoce. Os ovários não irão responder ao estímulo do FSH, o folículo não irá crescer e a mulher não irá ovular", afirma o especialista.

A anovulação é diagnosticada, em geral, através de exames de coleta simples, que irão medir a dosagem de progesterona em dias específicos do ciclo da mulher, como explica o profissional.

"Investiga-se através de dosagens hormonais, feitas entre o segundo e quinto dia do ciclo, para avaliar reserva ovariana, e outras dosagens hormonais feitas entre o 20º e 24º dia do ciclo menstrual, ou seja, entre o 20º e 24º dia a contar do primeiro dia da menstruação, para avaliar os níveis de progesterona", explica.

Tratamentos para ovulação

Caso os níveis de progesterona estejam muito baixos, é iniciado um tratamento para ovulação com medicações e também com o conhecido "hormônio da gravidez".

"Existem medicações específicas, chamadas indutores de ovulação e nos mais variados tipos , oral, injetável, que irão estimular o crescimento folicular, para que atinja o tamanho ideal, e utilizamos uma outra medicação, que é o HCG, que vai fazer com esse folículo rompa e ela ovule", explica.

De acordo com o especialista, é possível que a mulher produza alguns óvulos capazes de serem fecundados, tudo irá depender da dosagem de progesterona daquele folículo.

"Se a progesterona estiver acima de 10 nanogramas/mL ocorreu a ovulação. Caso contrário, principalmente valores muito abaixo de 2 nanogramas/mL, significa que não houve ovulação e existe a indicação de usar indutores", afirma.

Paulo explica que a mulher precisa fazer um acompanhamento rigoroso nesse tipo de tratamento, já que as dosagens precisam acontecer nos dias exatos do ciclo.

"As dosagens hormonais são feitas no início do ciclo, entre o segundo e o quinto dia, contando do primeiro dia da menstruação, e isso vai avaliar se o ovário ainda está respondendo. Na dosagem, se o FSH e o LH estiverem muito altos, significa que esse ovário parou de responder aos estímulos hormonais – seria o que chamamos de falência ovariana ou menopausa precoce", explica.

Nesse caso, em que a anovulação não pode ser tratada clinicamente com drogas indutoras da ovulação, a indicação é utilizar a Fertilização in Vitro, conhecida como FIV.

Gravidez de Luiza Possi

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