Evolução do colo mostra como você deve dar carinho ao seu filho dos 0 aos 16 anos
Nos primeiros anos do bebê é muito comum que mães e pais sejam recriminados ao dar colo demais para o pequeno - sob a justificativa de que pode ser um problema. Essa “intervenção” ganha ainda mais forma ao longo dos anos sob o pretexto de que agir assim pode deixar a criança mimada.
O colo costuma ser subvalorizado, especialmente à medida que o bebê vai crescendo e chegando na adolescência, mas a verdade é que ele é extremamente importante ao longo de desenvolvimento de uma pessoa.
Importância de dar colo
Vera Iaconelli, psicanalista e diretora do Instituto Gerar, explica que o colo é uma das primeiras formas de interação da criança com outro ser humano, que diferentemente dos outros mamíferos, precisa do contato físico e emocional para se humanizar. Esse processo passa pelo ato de ser segurado e manuseado, de ouvir e ser ouvido, de sentir o cheiro das pessoas à volta, de olhar e ser visto.
Segundo a especialista, a falta do colo pode prejudicar o desenvolvimento como um todo da criança, gerando distúrbios psíquicos, com consequências nas demais fases da vida.
Dar colo estraga?
Muitos pais e mães ficam em dúvida sobre a frequência de colo que devem oferecer ao bebê. Sobre isso, a psicanalista enfatiza que nos primeiros momentos de vida, o bebê sequer reconhece o limite do próprio corpo e será a partir do colo, do toque, que essa sensação, essa dimensão se formará.
Vera explica que quando o bebê pede colo, ele está precisando se estruturar por meio do contato com a mãe, o pai ou a pessoa mais próxima. O valor do colo e do acolhimento é muito maior do que a necessidade de ensinar limites, deixando-o sentir a falta, neste momento inicial e fundamental. E essa necessidade de estenderá ao longo da vida e poderá ser atendida de diferentes maneiras.
Como dar colo?
Nunca deixaremos de precisar de colo, mas ele se transforma ao longo da vida:
- O bebê: necessita do colo efetivo, contato pele a pele, abraço apertado
- A criança: de quatro anos, por exemplo, já pode se contentar com o aconchego de uma palavra, um olhar, um abraço mais longo.
- Adolescentes, jovens e adultos: a escuta empática pode ser suficiente, mas o toque, a carícia na mão ou no cabelo, por exemplo, também é importante
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