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“Parto normal não é medalha”: texto e foto pós-parto de jornalista são muito fortes

Publicado 24 Abr 2019 – 03:56 PM EDT | Atualizado 24 Abr 2019 – 03:56 PM EDT
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Para contar como foi o nascimento de sua primeira filha, a jornalista Silvana Ramiro, apresentadora do Bom Dia Rio, telejornal local da Rede Globo no Rio de Janeiro, publicou a tradicional foto sua ao lado da Julia após o parto.

Porém, a imagem tem um significado a mais da celebração da chegada da primogênita: ela foi acompanhada de um texto bem forte em que a jornalista detalhou com precisão todas as dores que sentiu no ao dar à luz Julia, além de um recado bem importante da apresentadora a mulheres sobre o real significado de ter um parto normal.

Jornalista da Globo faz relato forte do nascimento da filha

Em seu texto, Silvana conta que os sinais de que Julia estava pronta para nascer vieram numa segunda-feira à noite. Às 22h30 daquele dia, a jornalista havia acabado de ir ao mercado e jantado quando começou a sentir as primeiras contrações intensas.

“Chegamos em casa, cheios de sacolas. Vou pro banho quente pensando: são pródromos. Isso vai passar”, contou.

As dores, entretanto, não foram embora. Além das típicas contrações, o corpo da grávida teve outro sinal para o parto: o rompimento da bolsa e extravasamento de seu líquido amniótico.

“Às 23h, saio do banho e, de repente, água pelas pernas. Era a bolsa indo embora. Mais contrações fortes. Hulk do meu lado tentando entender o tanto que eu me contorcia. ‘Respira e solta com vontade, Sil’ - eu dizia pra mim mesma.”

Em seu texto, as dores são descritas incontáveis vezes. Assim que notou que a filha estava, enfim, chegando, a jornalista se direcionou com o marido para o hospital.

No caminho para a unidade de saúde, a apresentadora da Globo contou que buscou manter a calma, apesar das dores fortíssimas – que se intensificaram quando a jornalista chegou ao hospital.

Silvana optou por um parto humanizado e, com a ajuda de sua doula, tentou recorrer a estratégias para amenizar o desconforto: imersão na banheira, massagens, exercícios, aromas. Porém, não foram suficientes e a jornalista precisou de outra medida.

“Eu só pensava na dor. Com 7 [centímetros] de dilatação eu pedi analgesia. O anestesista era a pessoa que eu mais desejava na vida. Ufa, que alívio nas dores!”

"Parto normal não é medalha"

Conforme Silvana relata as dores que sentiu no nascimento da filha, a jornalista comentou o quanto esse tipo de desconforto a fez pensar em desistir do parto normal.

“Sim, a gente pensa em desistir, a gente quer morrer, a gente não tá ali. Você sai desse mundo e se vê numa outra dimensão. É louco, eu sei. Mas comigo foi assim.”

O fim do parto de Julia só aconteceu mais de cinco horas após seu início. “Quando o relógio se aproximava das 5h da manhã, depois de usar toda a força para ajudar a Júlia a sair, eu pedi a Deus uma força extra. Lembrei de Sansão que, no dia da sua morte, pediu a Deus uma força maior do que a que ele teve a vida toda. E Deus me atendeu: fiz uma força tão sobrenatural que a Júlia veio! E só consigo lembrar do Rafael me dizendo: 'Você consegue, você é forte'. Eu consegui.”

É por tudo o que passou no nascimento da filha que Silvana fala que o “parto normal não foi uma medalha para mostrar pros outros”.

Para a jornalista, o parto é uma superação que envolve toda uma história de vida. “Eu venci meus medos, meu passado, minhas limitações. Eu me venci. E lembrei daquele texto, Filtro Solar: ‘no fim, é você contra você mesmo’”.

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