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Quem é essa escritora que facilita TANTO a vida dos pais (e deixa crianças mais felizes)?

Publicado 14 Mai 2019 – 06:00 AM EDT | Atualizado 14 Mai 2019 – 06:00 AM EDT
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Ensinar limites aos filhos é uma das tarefas mais desafiadoras para os pais, que não raro acabam se deixando levar pelo caminho mais fácil: gritar, bater e usar a força. Logo depois, a consciência fica pesada, e nos perguntamos o que poderia ser feito para encarar o problema de maneira diferente.

A escritora baiana Elisama Santos teve o mesmo problema e passou a estudar o assunto - hoje, tem três livros publicados e milhares de seguidores nas redes sociais. Em sua obra mais recente, "Educação Não Violenta: Como Estimular Autoestima, Autonomia, Autodisciplina e Resiliência em Você e nas Crianças", Elisama aborda o desafio de usar a paciência e a gentileza para lidar com birras e mostrar autoridade sem apelar ao autoritarismo.

Disciplina positiva

"O autoritarismo é emocionalmente insustentável, induz à mentira e à desconexão entre filhos e pais". Esta é uma das premissas do livro sobre educação não violenta de Elisama Santos. Como ela explicou em um de seus posts, quando os pais acham que os filhos precisam apanhar para aprender, "na realidade a criança aprende que apanha se o adulto descobrir, e aprende a mentir e enganar para fugir da punição".

A escritora acredita que as crianças não podem pagar pelas dores e incapacidades dos pais: bater em criança é violento e não há limite que não possa ser demonstrado com respeito. "Por que seguimos acreditando que podemos bater em seres emocional e fisicamente dependentes de nós?", questiona.

Para ela, em vez de castigos ou recompensas, educar com firmeza e gentileza oferece melhores resultados a longo prazo. Este é o princípio da Disciplina Positiva, conceito criado pela psicóloga norte-americana Jane Nelsen - Elisama é educadora parental certificada pela Positive Discipline Association.

Educar com carinho

Em outro exemplo, Elisama conta como lidou com o fato de o filho ter esquecido a lancheira na escola pela quarta vez. Em vez de repreendê-lo, ela preferiu dizer que, em 60 dias de aula, ele lembrou de pegar a lancheira 56 vezes: "Isso é muito, cara! E eu confio que você vai lembrar de pegar a sua lancheira hoje" . Ele sorriu e respondeu com um abraço bem forte.

Oferecer um abraço é uma das táticas recomendadas por ela para acabar com uma birra, por exemplo. É uma maneira sutil de fazer a criança deixar de lado os sentimentos tão intensos que a fazem berrar e espernear por algo. "Porque a raiva também vem com força. E se a gente joga ainda mais raiva, eles congelam de medo, como um bicho que se faz de morto. Mas não aprendem a lidar com o que sentem, não aprendem a regular as suas emoções".

Alento para outras mães

Elisama é mãe de Miguel, de 6 anos, e de Helena, que está com 4. Ainda durante a gravidez do primeiro filho, ela resolveu se aprofundar nos estudos sobre maternidade e educação. Aos 33 anos, ela faz palestras por todo o Brasil e virou referência em disciplina positiva no país.

"Falar da maternidade sem firulas, sem dourar a pílula, foi libertador. E ao me libertar, liberto a todas nós. Dar nome às dores inomináveis na maternidade foi a forma que encontrei de dizer pras mães espalhadas nesse mundão que não estão sozinhas!", escreveu em seu perfil no site oficial.

Educação das crianças

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