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Mayra Cardi introduz dieta para filhinha de 6 meses e levanta questão: é seguro?

Publicado 2 Abr 2019 – 03:55 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2019 – 03:55 PM EDT
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Seis meses após dar à luz Sophia, sua primeira filha com o cantor Arthur Aguiar, a coach Mayra Cardi começou a introduzir alimentos que vão além do leite na rotina da filha. Para isso, ela optou por uma dieta vegana – algo que certamente deixa muita gente intrigada.

A adoção de hábitos alimentares (e de vida) que não incluem derivados de animais já foi algo bastante malvisto e, hoje, tem um número crescente de adeptos e simpatizantes. No entanto, o tema de dietas restritivas em crianças e jovens ainda gera bastante polêmica. Entenda mais sobre o assunto e veja de que forma é possível alimentar uma criança dessa forma.

Introdução alimentar sem carne para o bebê

Conforme explica o pediatra Clay Brites, do Instituto NeuroSaber, oferecer alimentos diferentes do leite é necessário a partir do 5º ou 6º mês de vida da criança e, segundo ele, o mais indicado é fazê-lo em forma de papinha, com escolhas balanceadas.

“Tem de introduzir uma raiz, uma verdura e um legume, tudo isso amassado no garfo – nada de liquidificador –, com uma carne e um suco rico em vitamina C logo depois para ajudar na absorção do ferro. Começa com uma refeição por dia, o almoço, e depois passa a ser almoço e jantar”, afirma o pediatra, explicando que o papel da carne vem de um nutriente que ela tem em abundância.

Segundo o médico, a carne (especificamente a vermelha) tem uma biodisponibilidade de ferro maior que vegetais ou outros alimentos que sejam ricos nesse nutriente. Isso significa que, ao ingerir carne, o percentual de ferro que o organismo absorve é superior do que em uma alimentação que não conte com ela – algo essencial para os primeiros anos de vida da criança.

Isso porque, sem essa boa quantidade de ferro, a saúde do bebê pode ser prejudicada, mas isso não significa que a escolha de introduzir uma alimentação vegana seja impossível. Segundo Clay, embora não exista nenhum alimento completamente equivalente à carne, uma boa estratégia e acompanhamento especializado podem garantir que essa opção seja segura para a criança.

Usando a ferramenta Stories no Instagram dedicado à filha, Mayra disse estar ciente dos nutrientes que uma alimentação vegana infantil por si só não é capaz de fornecer, e garantiu que Sophia não ficará sem eles. “[Ela] precisa de várias vitaminas, várias coisas além do que tem no alimento, porque o alimento não pode proporcionar tudo isso”, explicou a coach.

Para Clay, essa é uma estratégia possível. “O que pode se fazer é o uso de suplementos para compensar isso. Você pode usar medicações à base de ferro, fazer um esquema sistemático com suplementação ou substituição por alimentos similares que tenham talvez não o mesmo poder de biodisponibilidade do ferro, mas que em determinada quantidade possam compensar isso”, afirma o pediatra.

O acompanhamento nutricional – que Mayra também citou – é, segundo ele, essencial, já que é preciso ficar de olho nos sinais de que a dieta precisa ser modificada. “Se durante esse processo a criança começar a ter várias infecções (de ouvido, garganta, pneumonia), se o comportamento dela ficar apático, se ela tiver pouca iniciativa, alterações de humor, irritabilidade frequente, tem de rever a alimentação”, afirma.

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