Hábito (muito frequente) dos pais pode causar hiperatividade e depressão na criança
Os smarthphones estão cada vez mais incorporados ao nosso dia-a-dia e aos nossos hábitos comportamentais, de modo que é extremamente comum interrompermos atividades que demandam nossa atenção para dar uma conferida no aparelho. A relação que estabelecemos com esses dispositivos móveis é uma paraíso para pesquisadores, que já vem chegado à conclusões importantes e igualmente preocupantes.
Atenção fragmentada: crianças abandonadas
O pediatra Reginaldo Freire chama atenção em sua página para o hábito comum entre pais e mães de estar sempre conectado e afirma que essa dispersão contínua afeta o comportamento das crianças.
De acordo com o profissional, quando estamos usando o smartphone, conseguimos oferecer, no máximo, uma atenção parcial. Isso é interpretado pelos pequenos como abandono, como se ele fosse de “menor importância” do que o que está na tela. A sensação de exclusão e abandono gera alto nível de estresse na criança, o que impacta negativamente a relação.
Celular afeta vínculo entre pais e filhos
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan e da Universidade do Estado de Illinois analisou quantas vezes os pais paravam de dar atenção aos filhos para acessar seus dispositivos. Em seguida, foi observado o comportamento das crianças. Nas respostas, quase metade dos pais, cerca de 48%, disse interromper as atividades com os filhos três ou mais vezes por dia por causa da tecnologia. Outros 27% faziam isso duas vezes diariamente e 17%, só uma vez. Apenas 11% dos pais disseram que isso nunca acontecia.
Crianças rejeitadas
Os resultados mostraram que filhos de pais que utilizam frequentemente a tecnologia digital são mais propensos a apresentar problemas de comportamento, provavelmente motivados pelo sentimento de rejeição.
Os pesquisadores acreditam que as constantes interrupções geradas por mensagens nas redes sociais, como o Facebook, atrapalham o vínculo estabelecido entre pais e filhos, uma vez que, momentos compartilhados - como brincadeiras e refeições - são interrompidos pelo atenção dada ao aparelho.
Essas circunstâncias motivam as crianças tentarem chamar atenção de outras formas, por meio de surtos repentinos ou atitudes inadequadas, por exemplo. Segundo os autores, até mesmo pequenas pausas em uma conversa para checar o celular podem gerar irritabilidade nos pequenos. A longo prazo, essa situação pode deixar as crianças hiperativas e até mesmo depressivas.
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