Ao ter esta atitude na gravidez, mãe afeta funcionamento da tireoide e prejudica bebê
Os efeitos do consumo do álcool durante a gestação são estudados desde o fim da década de 1960 e, desde então, foi descoberto que tomar bebidas alcoólicas é um dos hábitos perigosos na gestação, já que a substância tem efeito significativo sobre a saúde da mãe e do bebê.
Álcool na gravidez afeta mãe e bebê
Em seu perfil no Instagram, a nutricionista Andreia Friques afirma que a mulher que consome álcool durante a gravidez pode comprometer o funcionamento de sua tireoide, glândula que regula todo o desenvolvimento do bebê. A bebida alcoólica, segundo a profissional, afeta diretamente o fígado e a arquitetura cerebral do feto (que ainda é bem imatura).
De acordo com a neuropediatra e geneticista Iara Brandão, da Neurogen Saúde, as alterações geradas pela substância caracterizam o espectro fetal alcoólico (EFA), que é um conjunto de sinais no feto que variam desde microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência intelectual até mudanças físicas na face.
O consumo de álcool deve ser evitado na gestação porque a substância passa pela barreira placentária e, como o fígado do feto metaboliza o álcool mais lentamente que o da mãe, ele permanece mais tempo em seu corpo, explica a ginecologista e obstetra Marcia da Cunha dos Reis, coordenadora da Maternidade do Hospital de Clínicas Padre Miguel (HCPM), Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A médica ainda afirma que a ingestão de bebidas alcoólicas aumenta o risco de aborto, assim como de parto prematuro. É sabido ainda que os riscos de prejuízos são proporcionais à dose, ou seja, quanto mais álcool a grávida tomar, maiores são as chances de o feto ter alterações congênitas.
É importante ressaltar ainda que, mesmo depois de dar à luz, a mulher precisa dar um tempo antes de voltar a consumir bebidas alcoólicas. O álcool é transferido também pelo leite e, mesmo em quantidades menores, pode alterar o sono da criança e seu aprendizado.
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