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Bebês prematuros têm mais chance de ter esta reação e poucos estão preparados para cuidar

Publicado 31 Dez 2018 – 12:00 PM EST | Atualizado 31 Dez 2018 – 12:00 PM EST
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Atualmente, cerca de 340 mil partos por ano ocorrem antes que a gravidez complete 37 semanas.

Ainda que os avanços da medicina deem conta de garantir a saúde de muitos bebês que nascem antes da hora, é importante prevenir o nascimento antecipado do pequeno, pois quanto mais cedo ele nasce, mas suscetível ele está de desenvolver alguma sequela.

Bebês prematuros e crises epiléticas

Estudos demonstram que bebês que nascem com peso abaixo de 1,5 kg têm uma chance maior de desenvolverem crises epilépticas, sendo a incidência seis vezes maior quando comparada aos bebês que nasceram a termo, ou seja, após 37 semanas de gestação.

Segundo a neuropediatra Dra. Andrea Weinmann, especialista Neurofisiologia e Eletroencefalografia, as crises epilépticas são mais comuns após o nascimento (período neonatal) do que em qualquer outra fase da vida.

O que causa?

Conforme a neuropediatra, o cérebro de um bebê prematuro é mais vulnerável do que de um bebê que nasce a termo. Além de não ter a proteção do ambiente intrauterino, está mais sujeito a sofrer lesões, sem contar a imaturidade do cérebro, que é comum em todos os bebês recém-nascidos.

A médica explica que geralmente as crises epiléticas neonatais estão associadas a uma lesão cerebral aguda, como a hemorragia intraventricular. Esse quadro ocorre especialmente em bebês que nascem antes de 32 semanas. Nos demais, a causa mais comum é encefalopatia isquêmica hipóxica.

A encefalopatia isquêmica hipóxica é uma síndrome neurológica relacionada, na maioria dos casos, à asfixia perinatal ou a condições que cursem com hipoxemia (falta de oxigênio), isquemia (restrição da circulação sanguínea) ou acidose, antes ou durante o parto. Uma das consequências desta síndrome são as crises epiléticas.

Detecção precoce

O diagnóstico das crises epiléticas neonatais nos prematuros pode ser desafiador, já que em muitos casos as convulsões acontecem sem sinais clínicos aparentes, podendo ser detectadas apenas por meio do eletroencefalograma (EEG). Por isso é essencial um monitoramento constante.

Nesse sentido, os recursos da medicina neonatal são imprescindíveis para os bebês prematuros. Além do acompanhamento do bebê por um neuropediatra na UTI neonatal, há necessidade de monitoramento da atividade cerebral por meio do EEG de forma constante.

Impactos na saúde

Dra. Andrea explica ainda que a presença de atividade convulsiva ao nascimento está associada a problemas no neurodesenvolvimento, assim como a uma maior taxa de mortalidade. “Entre algumas sequelas, podemos citar condições como paralisia cerebral, microcefalia, deficiência auditiva, visual, problemas cardíacos e epilepsia pós-natal”, afirma.

Prevenção

A prevenção está fortemente relacionada a hábitos que agem de modo a prevenir um parto prematuro. Ou seja, é preciso adotar todos os cuidados durante a gestação para evitar que o bebê nasça antes do tempo previsto.

Cuidados: bebê prematuro

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