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Mudança no ciclo menstrual de Thaeme adia planos de ser mãe: o que deve ser feito?

Publicado 14 Nov 2018 – 12:54 PM EST | Atualizado 14 Nov 2018 – 12:54 PM EST
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A cantora Thaeme, que faz dupla com Thiago, passou recentemente por um grande baque em sua vida pessoal: aos 32 anos, ela revelou que sofreu um aborto espontâneo apenas poucos dias depois de anunciar que estava grávida pela primeira vez.

Em entrevista ao VIX, a artista garantiu que não desistiu de engravidar novamente, mas contou que precisou fazer uma pausa nas tentativas por conta de uma mudança importante em seu corpo causada pela perda do bebê. Entenda:

Engravidar após um aborto

Ansiosa para ter seu primeiro filho, Thaeme contou que precisou adiar um pouco seus planos por conta do seu ciclo menstrual, que ficou muito desregulado após o aborto. Além disso, ela também encarou um sangramento constante logo após a perda, que tornou o momento ainda mais difícil.

“Dei uma pausa por conta do meu ciclo, que estava muito desregulado, muito bagunçado depois que eu perdi [o bebê] no final de maio. No primeiro mês, foi terrível, fiquei muito tempo sangrando. Demora para regular, mas precisava só esperar passar mesmo”, disse.

Por orientação médica, a cantora precisou se submeter a um tratamento hormonal para regular seu organismo e esperou seu corpo voltar ao normal. Recuperada, ela adiantou que deve retomar suas tentativas de engravidar novamente a partir de dezembro deste ano.

“Os médicos tinham me falado que eu precisava esperar uns cinco, seis meses. Acabou sendo um tempo perfeito, porque eu também quis dar uma segurada de uns três meses por conta da minha carreira. Por isso, pretendo começar a tentar de novo em dezembro”, afirmou.

Assim como Thaeme, muitas mulheres também se deparam com esse desequilíbrio no aparelho reprodutivo após perderem um bebê e se frustram ao tentarem uma nova gravidez logo em seguida. Afinal, por que isso acontece e o que deve ser feito para contornar a situação?

Ciclo menstrual desregulado

De acordo com Vamberto Maia Filho, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana da Clínica MAE, de São Paulo, é normal (e até esperado) que o ciclo menstrual fique desregulado depois de um aborto. E isso acontece sobretudo por uma questão hormonal significativa.

“Quando ocorre um aborto, o eixo regulador dos hormônios no corpo da mulher é afetado de uma forma abrupta e isso faz com que leve um tempo até que haja um equilíbrio hormonal no organismo novamente. Por consequência, o ciclo menstrual acaba sendo afetado”, diz.

Segundo o médico, esse eixo costuma voltar sozinho ao seu estado normal, em média, em até um mês. No entanto, há casos em que o organismo da mulher apresenta uma deficiência na produção de progesterona e precisa de uma reposição hormonal “artificial” para que o eixo seja ajustado.

“Esta reposição não é uma regra, vai depender se houve a confirmação de que havia um problema hormonal que levou ao aborto. Por isso, é preciso esperar esse primeiro mês após a perda do bebê para avaliar o que, de fato, está acontecendo no corpo da mulher”, explica.

Uma vez constatado o que ocorreu, os médicos aconselham que a mulher espere alguns ciclos menstruais para tentar engravidar de novo. Em geral, de acordo com Vamberto, o período recomendado é de seis meses a um ano, mas há casos em que o intervalo é de apenas dois a três ciclos menstruais.

“Quando os ciclos estiverem normais já será possível engravidar novamente. O que determina isso é a regularidade menstrual e a dosagem dos hormônios no sangue. Dessa forma, teremos certeza que está tudo bem e pronto para uma gravidez saudável”, conclui.

Gravidez de Thaeme

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