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Este é o motivo que pode fazer pediatras voltarem a indica circuncisão em meninos

Publicado 15 Out 2018 – 04:40 PM EDT | Atualizado 15 Out 2018 – 04:40 PM EDT
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A circuncisão é uma prática que pode ser conduzida tanto por motivos culturais e religiosos como médicos. Nesse último campo, o procedimento é associado à redução de riscos de contrair os vírus HIV e HPV, que penetram no corpo masculino pela mucosa do pênis. A lógica é simples, quanto menos a mucosa, menores são as chances.

Circuncisão: o que é o procedimento

O procedimento para realizar uma circuncisão (ou postectomia) é simples. Em crianças é administrada a anestesia geral, mas em adultos basta uma sedação combinada com anestesia local. A internação pode acontecer de manhã, com alta no início da tarde.

Circuncisão: fazer ou não fazer?

Por muito tempo, a Sociedade Brasileira de Pediatria não recomendava a realização rotineira da circuncisão sem indicação médica. Quando necessário, era recomendado que o procedimento fosse realizado a partir dos dois anos de idade, motivo de grande polêmica entre a comunidade médica, uma vez que alguns especialistas indicavam a realização da cirurgia já nos recém-nascidos.

Mudança de posicionamento

Em 1999 a Academia Americana de Pediatria (APP) declarou que não havia dados suficientes para recomendar a circuncisão como operação de rotina. Ocorre que, desde 2012, a APP voltou a defender o procedimento, ressaltando que as vantagens que o procedimento oferece à saúde ultrapassam os riscos. Entre os benefícios estão a prevenção de infecções urinárias, de doenças sexualmente transmissíveis (como HPV e o HIV) além de câncer no pênis.

Estudos comprovatórios

A decisão da Academia Americana de Pediatria ocorreu após estudos feitos ao longo dos anos. Um deles indicou a redução de 90% no risco de infecções urinárias no primeiro ano de vida nos meninos circuncidados. Outra pesquisa demonstrou uma queda no desenvolvimento de câncer peniano em homens circuncidados.

Portanto, com respaldo científico a APP aconselha, sim, que os bebês passem pelo procedimento, mas ainda assim cabe aos pais determinar se querem ou não submeter o filho ao bisturi.

Circuncisão e saúde do bebê

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