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Nova fase de Bella gera sensação "esquisita" em atriz global: isso é normal e pede apoio

Publicado 4 Out 2018 – 12:03 PM EDT | Atualizado 4 Out 2018 – 12:03 PM EDT
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Débora Nascimento tem vivido intensamente os primeiros meses de vida de sua primogênita, Bella, da união com o ator José Loreto. A mamãe de primeira viagem compartilha bastante a rotina do casal com a pequena e sempre recebe bastante apoio e dicas de suas seguidoras.

Recentemente, a atriz resolveu falar em seus stories sobre um momento que marca o desenvolvimento dos bebês, mas que algumas vezes é bem difícil para as mães, a introdução alimentar.

Como iniciar a alimentação do bebê?

Prestes a completar seis meses, Bella já começou a experimentar alguns alimentos, como frutas e legumes, iniciando a alimentação mais sólida, deixando de ser amamentação exclusiva.

A atriz então resolveu compartilhar com suas seguidoras um sentimento estranho que ela vivenciou durante os primeiros dias da alimentação da filha.

"No comecinho, nos dois primeiros dias, eu senti uma coisa bem esquisita, eu senti um "ciuminho" da comida. Doido isso, né? Assim, um pouco triste dela não estar precisando do peito nesses momentos de alimentação”, começa.

A artista segue o depoimento e explica um pouco melhor como encarou esse momento que marca o desenvolvimento de Bella.

"É uma sensação muito diferente, porque você quer que ela coma e experimente todos os sabores, frutinhas e legumes. Mas, por outro lado, te dá um aperto no coração, porque o seu bebê está crescendo, já está comendo e não está precisando tanto do peito e não precisa tanto de você”, desabafa.

No final, ela conta que buscou apoio com algumas amigas e descobriu que isso é, na verdade, bastante comum.

"Eu fui conversar com outras amigas mães e elas me confidencializaram que, sim, que elas também se sentiram esquisitas nesse momento, nessa transição, desse começo de alimentação, mas que elas não falaram com ninguém, porque elas acharam que era loucura da cabeça, de mãe possessiva", revela.

Medo do filho crescer

A relação entre mãe e filho é especialmente delicada e marcada pela intensidade do vínculo que aparece ali e é comum que os momentos de transição e crescimento dos filhos causem sentimentos ambíguos, principalmente nas mães.

Durante as primeiras semanas de vida da criança, existe o que é chamado pelo psicanalista inglês Winnicot de " preocupação materna primária", no qual a sensibilidade da mãe em relação ao bebê torna-se exacerbada.

Aos poucos, esse estado vai se modificando, o bebê vai crescendo e se desenvolvendo e passa de uma dependência absoluta para a dependência relativa, a mãe deve ir favorecendo esse caminhar da criança rumo a sua autonomia.

De acordo com a psicanalista Renata Bento, a amamentação pode representar uma fase de transição especialmente delicada.

"Inicialmente, a mãe que amamenta pode se sentir e é a fonte nutridora do bebê, não só de leite, mas de afeto também. A mulher precisa ter em mente que a criança vai crescer e que o estado fusional não favorece o desenvolvimento emocional. Assim, a criança vai recebendo atenção de outros, passa a se alimentar aos poucos, e a mãe vai se transformando também", conta.

A profissional ressalta ainda que a mulher que esteja passando por essas fases de adaptação precisa poder contar com parentes e amigos nesse momento.

"A mãe sente muitas coisas quando se está diante de um bebê, porque a dependência mobiliza sentimentos, o importante é ela poder conversar a respeito e se precisar, até buscar ajuda para conseguir entender esses sentimentos. Ela precisa aos poucos se acostumar com as modificações da maternidade", conclui.

Mães de primeira viagem

Renata ainda explica que as mulheres que acabaram de ter a sua primeira gravidez, podem sentir essas emoções ambíguas de uma maneira mais forte.

“O primeiro filho inaugura uma família e é tudo novo para essa mãe. Por isso mesmo tende a potencializar cuidados, agir de forma excessiva no intuito de preservar sua cria, porque tem muitas inseguranças acerca dos cuidados com a criança. É importante que uma mãe tenha ajuda de uma rede de apoio, de uma outra mãe para que possa lhe dar alguma contenção emocional”, fala.

Alguns fatores irão influenciar não só as mães de primeira viagem, mas as mulheres que têm mais de um filho também, como a sua própria personalidade e o quesito de transgeracionalidade – que nada mais é como essa mãe foi educada pela família dela, dessa maneira, podendo reproduzir alguns comportamentos.

Para evitar esse tipo de conflito, é importante que a mulher saiba exatamente qual é o seu papel e o qual é o papel do pai, além de entender que conforme a criança for crescendo, ela também passa a ter uma função diferente na vida daquele indivíduo.

“A mãe não percebe o crescimento do filho e tende a necessitar que a dependência do mesmo em relação a ela não se modifique, fazendo com que essa criança fique sempre pequena, mesmo já crescida. Educar é tornar autônomo. Excesso de proteção fragiliza a criança e a deixa insegura”, alerta a profissional.

Quando o cuidado vira posse?

Existem dois cenários diferentes quando o assunto é ser possessiva. Algumas mulheres percebem que estão passando dos limites e tentando controlar os filhos – o que já é um sinal positivo! – e significa que há a possibilidade de se falar sobre o assunto e rever o comportamento.

Já outras mulheres simplesmente não percebem esse excesso de cuidado e proteção. É nesse momento em que entra a importância da rede de apoio, alguns sinais que possam ser notados pelos amigos e familiares indicam que essa mãe precisa de ajuda.

“Observa-se que a mãe que sofre esse tipo de distúrbio tende a acreditar que é uma mãe muito presente e protetora tendo dificuldades de reconhecer seus excessos”, fala.

Sinais como uma restrição da vida da criança ou do bebê em ter contato com outras pessoas, viver novas experiências ou qualquer restrição que a atrapalhe a desenvolver seu lado social e criativo devem ser notados e a mãe pode e deve buscar ajuda para entender suas emoções.

Dilemas da maternidade

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