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É assim que os médicos fazem para descobrir se um bebê terá lábio leporino

Publicado 23 Out 2018 – 06:00 AM EDT | Atualizado 23 Out 2018 – 06:00 AM EDT
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Conhecido como lábio leporino, a fenda no lábio superior do bebê é uma malformação que pode ser causada por fatores genéticos. Também chamada de fissura labiopalatal, essa anomalia afeta a fala e até mesmo a sucção do leite materno. A boa notícia é que o problema tem tratamento e, geralmente, o diagnóstico é feito durante o pré-natal.

Lábio leporino pode ser diagnosticado no pré-natal

Segundo Dr. Paulo Marinho, ginecologista e obstetra da Perinatal, é possível descobrir se o bebê terá essa malformação ainda na barriga da mãe. Dependendo do tamanho da fissura, o diagnóstico pode ser feito no pré-natal, por meio de ultrassom. Durante o exame, que geralmente é realizado a partir da 20ª semana de gestação, são analisadas diversas áreas do corpo do bebê – inclusive possíveis lesões nos lábios.

Mas, de acordo com o médico, em alguns casos essa anomalia não é percebida. “Em casos raros, as lesões podem passar despercebidas por serem pequenas ou pelo bebê estar em uma posição desfavorável no momento do exame. No entanto, na hora do parto são identificadas”, explica.

Dificuldades do bebê com fissura labiopalatal

Com a fissura nos lábios, o bebê tem dificuldades para sugar o leite da mãe durante a amamentação. Se o problema não for corrigido, há riscos da criança ter a fala prejudicada além de problemas auditivos no futuro. Distúrbios respiratórios como rinite e sinusite também são ocorrências comuns neste caso.

Especialistas dizem que a dentição também é afetada, com os dentes nascendo fora do tempo e até em posições diferentes. As consequências psicológicas vão além, levando o pequeno a sofrer discriminação pela condição aparente e até mesmo baixa autoestima.

Tratamento para lábio leporino

Quando tratada, esta doença não traz sequelas à criança. De acordo com o ginecologista Dr. Marinho, recomenda-se que a malformação seja corrigida o mais rapidamente possível. Ele explica que alguns procedimentos podem começar já nas primeiras horas de vida, como a colocação de placa moldada no céu da boca do bebê.

“Essa intervenção não cirúrgica irá permitir que o bebê respire com mais facilidade, e muitas vezes consiga mamar ao seio, ou em mamadeira, com um menor risco de aspirar alimentos para o pulmão. A cirurgia virá um pouco mais tarde junto com o suporte de outros profissionais”, afirma.

Os procedimentos cirúrgicos são indicados após os três meses de vida. O tratamento consiste em uma série de cirurgias e, por isso, leva tempo. Normalmente, os médicos acompanham a criança até a idade adulta para verificar se houve mudanças no quadro com o crescimento da face.

Para prevenir essa e outros distúrbios no bebê, o médico recomenda hábitos saudáveis durante a gestação, como não consumir álcool, drogas ou medicamentos sem orientação e seguir uma dieta balanceada.

Doenças que podem atingir os bebês

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