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Bella Falconi ficou preocupada com circular de cordão no parto de Stella: é comum?

Publicado 20 Ago 2018 – 04:32 PM EDT | Atualizado 20 Ago 2018 – 04:32 PM EDT
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Bella Falconi compartilhou com seus seguidores detalhes do nascimento de sua segunda filha, Stella. Em seu relato de parto, a mamãe conta que passou por um susto durante o parto normal.

A nutricionista fala que o marido, o empresário Ricardo Maguila, chegou a ficar assustado com a reação da mulher. "Maguila diz que nunca viu meus olhos tão arregalados na vida e que ele ficou desesperado com minha reação atônita", relata.

O casal estava apreensivo com uma condição que assusta as mamães na hora do nascimento do bebê, mas que é considerada relativamente normal e, na maioria das vezes, não oferece risco à criança.

"Os batimentos dela [bebê] despencaram por uns minutos e eu fui do céu ao inferno, mas para a glória do Deus que sirvo, ela recuperou os batimentos e seguimos com os planos. 15 minutos depois, eis que Stella sai até o pescoço e lá estava mais uma preocupação: uma circular de cordão", conta.

Circular de cordão

Apesar de um pouco assustador, o cordão umbilical enrolado ao pescoço do bebê na hora do parto é uma situação até que comum. Segundo a obstetra Dra. Rita Sanchez, do Projeto Parto Adequado do Hospital Israelita Albert Einstein, a circular de cordão ocorre em aproximadamente 30% das gestações.

É importante ressaltar que isso acontece por conta dos movimentos da criança ainda dentro da barriga da mãe, como quando se prepara para o nascimento e se posiciona de cabeça pra baixo.

O Dr. Sérgio Floriano de Toledo, da Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), explica que é possível que surjam até três voltas ao redor do pescoço ou corpo. Porém, na maioria das vezes, isso não causa riscos e nem impede o parto natural ou normal, como pensam muitas mães.

Como saber se o bebê tem circular de cordão?

Os ultrassons realizados durante o pré-natal podem detectar a condição no feto, e também se o cordão umbilical está muito curto. Contudo, o parecer pode mudar em questão de semanas ou dias, já que em alguns casos o nó se desfaz sozinho pela própria movimentação do feto.

“A circular se forma geralmente entre o quinto e o sexto mês de gravidez. Enquanto ainda houver espaço suficiente para o bebê se mexer, o nó poderá ser desfeito naturalmente. Depois disso, o cordão enrolado dificilmente se soltará”, esclarece a Dra. Rita Sanchez.

Entretanto, mesmo que não se solte, os médicos garantem que não há motivo para angústia ou alarme das futuras mães, já que na maioria das vezes o fenômeno não interfere no parto da criança.

É perigoso?

A condição não causa nenhum dano a gestante e, geralmente, nem mesmo para o bebê. Apenas duas situações exigem um cuidado especial: quando ocorre a compressão do cordão e quando o cordão umbilical for curto. Nesses casos, uma cesárea é necessária.

Compressão do cordão

Chamado de sofrimento fetal, a compressão do cordão é caracterizada por pouca oxigenação e batimento desacelerado. Para entender a condição, precisamos saber que o cordão umbilical é formado por duas artérias, uma veia e a geleia de Wharton - que é um líquido gelatinoso e protege a corrente sanguínea e evita que a criança seja enforcada por compressão, porque desliza a estrutura caso esteja presa em voltas no pescoço do bebê.

No entanto, a descida da criança no trabalho de parto pode fazer com que um cordão seja excessivamente esticado a cada contração, o que resulta na compressão de suas artérias e na redução do fluxo sanguíneo e de oxigênio para o feto, provocando a queda do batimento cardíaco da criança.

Cordão curto

Quando enrolado no feto, o cordão umbilical curto atrapalha a descida do bebê pela bacia da mãe. “A mulher faz força e a cabeça desce, mas quando ela para de forçar, o filho volta para dentro”, explica a obstetra Rita Sanchez.

Vale ressaltar que nos casos em que o cordão está enrolado no pescoço do bebê, mas não há indicação de cesárea, o parto normal deve ter cuidados redobrados, como o monitoramento dos batimentos cardíacos do feto, que devem ser mais frequentes.

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