null: nullpx
Adele-Mulher

Adele homenageia amiga que enfrentou psicose pós-parto: entenda transtorno grave

Publicado 14 Ago 2018 – 05:00 PM EDT | Atualizado 14 Ago 2018 – 05:00 PM EDT
Compartilhar

Adele publicou em seu Instagram uma foto em que homenageia a melhor amiga, Laura Dockrill, por seu relato emocionante e sincero sobre os primeiros meses após o nascimento de seu primogênito.

Amiga de Adele teve psicose pós-parto

No post, a cantora apresentou a melhor amiga, mãe de seu afilhado, e elogiou o texto que Laura fez sobre a luta que travou contra o transtorno. "O artigo mais íntimo, emocionante e articulado sobre ser mãe pela primeira vez e ser diagnosticada com psicose pós-parto", disse. A cantora ainda estimulou outras mães a falarem sobre suas experiências.

A amiga da cantora foi diagnosticada com um quadro de psicose pós-parto, um tipo de depressão pós-parto, e falou no blog Mother of All Lists sobre todos os detalhes do período especialmente difícil pelo qual passou no início da maternidade. "Não é fácil admitir que o pior momento da sua vida foi quando o seu bebê nasceu", escreve no desabafo.

Logo após o nascimento do filho, em fevereiro de 2018, a mamãe de primeira viagem começou a apresentar os sintomas de depressão pós-parto, junto com a exaustão causada pelo período de adaptação com a criança, o transtorno foi evoluindo até atingir a psicose.

"Eu pensei que o tempo iria curar, mas eu sabia que algo não estava certo. Meu próprio ar me fazia mal, meu bebê estava se alimentando sem parar - eu mal tinha tempo de comer ou tomar banho e não dormia uma única hora - essas são as coisas comuns de mãe de primeira viagem, eu sei -, mas não era eu, senti que tinha empurrado minha personalidade para fora tanto quanto ao bebê", falou.

Quando ela já não se reconhecia mais, foi internada e passou duas semanas em tratamento sem sair do hospital, ainda com sangramentos do pós-parto. As medicações continuaram por mais alguns meses, até ela ser considerada curada pelo seu médico.

O que é a psicose pós-parto?

Mãe pela primeira vez, Laura apresentou um quadro que representa um agravamento na já conhecida depressão pós-parto, condição que atinge mais de 26% das brasileiras, segundo pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), em parceria com Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro.

O quadro clínico pode ser apresentado em três vertentes: Síndrome da tristeza pós-parto, depressão puerperal e psicoses, que é o mais grave de todos.

A síndrome da tristeza pós-parto consiste em alterações do humor com tendência a depressão, o conhecido baby blues. Na maioria dos casos, tem início nos primeiros dias após o parto e dura, aproximadamente, 15 dias.

Entre os principais sintomas estão tristeza e choro sem razão aparente. Caso os sintomas não passem, é importante procurar um profissional para auxiliar na melhora do quadro.

Já a depressão puerperal tem como características sintomas mais intensos do que o baby blues. Instabilidade emocional, irritabilidade, depressão ansiosa, anorexia, insônia e auto avaliações negativas são alguns dos sintomas apresentados pela mulher, que não se considera capaz de cuidar do seu filho.

O tratamento para depressão pós-parto que atinge esse patamar é conjunto com medicamento e acompanhamento psiquiátrico, para que a condição não se torne crônica e acabe por abalar o desenvolvimento emocional da criança.

Psicose pós-parto

O quadro de psicose aparece em um a cada mil mulheres e é gravíssimo, necessitando de tratamento com psiquiatras. Durante o transtorno, a mãe rompe com a realidade e começa a imaginar situações descabíveis, no caso de Laura, ela acreditava ter que amamentar seu filho a todo momento, caso contrário ele morreria.

"Eu estava completamente apavorada, perdida, confusa e com medo de mim e do meu filho e eu não confiava em ninguém - eu até acusei Hugo [seu marido] de sequestrar nosso bebê", disse.

Também é comum sintomas como depressão e agitação, nesses casos o risco de uma atitude violenta por parte da mãe com o bebê é real e a mulher deve ser vigiada durante todo tempo em que estiver com a criança.

O quadro é mais recorrente durante a primeira gravidez ou em mulheres que já apresentaram sintomas em outras gestações, e até mesmo com histórico de transtorno mental na família.

Sintomas do Pós-parto

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse