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Vídeo de Mion mostra de forma singela "como é viver com uma criança especial"

Publicado 19 Jul 2018 – 11:09 AM EDT | Atualizado 19 Jul 2018 – 11:09 AM EDT
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Marcos Mion adora homenagear e agradecer a presença de seu filho mais velho, Romeo, em sua vida. O menino completou 13 anos em junho e foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ainda na infância.

Em sua rede social, o apresentador postou um vídeo divertido dançando ao som de Elvis Presley, mostrando um dos inúmeros momentos de felicidade que ele passa ao lado do menino.

Mion já declarou que a música é algo que o une a Romeo e os dois não abrem mão de passar um tempo juntos ao som de suas bandas e cantores favoritos.

Declaração de Marcos Mion

O apresentador aproveitou a oportunidade para falar o quão único o filho é. O post começa com uma dúvida frequente em relação ao apresentador. "Até meus amigos mais próximos me perguntam como é viver com uma criança especial", comenta.

No decorrer do texto, ele fala sobre como Romeo é intenso em seus sentimentos e, acima de tudo, verdadeiro e puro. "Romeo é assim (...) Quando ele ama é por inteiro. E quando não ama, não faz sentido. Quando ele quer é por que necessita e quando gosta de alguém é com a alma", revelou.

No final, Mion ainda passa um ensinamento lindo sobre a condição de seu filho e de milhões de crianças: "Seja qual for a forma que você se conecta com seu filho especial, faça sempre. No fim do dia verá que quem precisa muito mais do que ele dessa conexão, é você", finaliza.

Leia o post na íntegra:

Até meus amigos mais próximos me perguntam como é viver com uma criança especial. Romeo é assim. Quando ele ri é de verdade, mas quando fica bravo também. Quando chora é por que a lágrima ficou mais forte do que a serenidade, mas quando fica feliz se tremelica inteiro chacoalhando as mãos e pulando de uma forma que é impossível disfarçar. Quando ele ama é por inteiro. E quando não ama, não faz sentido. Quando ele quer é por que necessita e quando gosta de alguém é com a alma. Quando a gente dança o mundo inteiro some e não existe nada mais prazeroso e importante do que o elo formado ali naquele momento! Dando sentido à frase: “Dance como se não tivesse ninguém olhando”. Seja qual for a forma que você se conecta com seu filho especial, faça sempre. No fim do dia verá que quem precisa muito mais do que ele dessa conexão, é você.

Diagnóstico de TEA do Romeo

O apresentador falou pela primeira vez sobre a condição do filho em 2014, em sua rede social. De lá pra cá, Mion se envolveu de verdade com a causa que afeta, de acordo com dados do CDC (Center of Diseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe hoje 1 caso de autismo a cada 110 pessoas.

Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas.

Em um vídeo, ele explica que a chegada do seu primogênito foi complicada. Romeo nasceu com uma luxação de quadril congênita e precisou fazer uma operação aos três meses de vida para corrigir o problema. Isso fez com que o menino pulasse a fase de engatinhamento - muito importante para que a criança crie consciência do corpo e do espaço.

"Ele teve um atraso na fala e levantou-se a possibilidade de que talvez fosse autismo, mas também talvez seja só um atraso com relação ao atraso motor que ele teve por não engatinhar", explica.

Mion procura ver a evolução do filho de maneira natural e permitir que o menino alcance o maior número de possibilidades, sem a necessidade de um rótulo que o limite de qualquer maneira. O diagnóstico preciso de TEA só veio com sete, oito anos, mas a família já tinha conhecimento de que Romeu era uma criança especial e dava todo o apoio ao filho.

O apresentador explica que, apesar da condição, Romeo evoluía em seu próprio tempo, o que nos lembra que o TEA não é uma doença e, sim, uma condição, que é totalmente passível de evolução e convívio social, com certas ressalvas de acordo com cada criança.

É superimportante o diagnóstico precoce, para que o tratamento seja iniciado assim que possível. Infelizmente, no Brasil, estima-se que o diagnóstico chega por volta dos 4 anos. Alguns sintomas comuns da condição são: demora da fala, falta de contato visual, incompatibilidade com o toque de abraço e movimentos contínuos e repetitivos.

Pais de filhos especiais

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