Sheron Menezzes compartilhou com seus seguidores um relato sincero sobre um problema comum enfrentado por diversas mães: as variações no padrão de sono dos bebês.
Benjamin, seu primogênito de apenas oito meses, tem dificuldade para dormir muitas horas seguidas e a atriz falou abertamente sobre como a questão afeta também o sono da mamãe, que resolveu pedir ajuda para uma especialista.
Segundo a atriz, Benjamin dorme no máximo duas horas seguidas, com uma melhora no sono do bebê ainda pequena - com um ganho de uma hora de sono - porém muito significativa para ela, que percebeu ser necessário estabelecer uma rotina para o filho.
"Ontem mudamos os hábitos dele e, claro, que ele não gostou. Quem gosta que venha outra pessoa e te diga o que fazer e a hora que fazer? Ele 'sonecou' na hora certa, foi dormir à noite na hora certa, eu não", escreveu.
Sheron ainda falou com muita sinceridade que ainda se pega comparando os hábitos do filho com o de outras crianças, mas que hoje entende que cada bebê tem um comportamento.
Sobre as contradições que enfrenta na maternidade - muito comum para as mulheres que são mães - entre os momentos de ansiedade pela falta de sono do filho, a atriz confessa que por alguns momentos gostaria de se esconder, mas que o amor pelo filho traz forças e não a deixa desistir.
"E, de repente, sou tomada por uma crise de ansiedade que logo se transforma em angústia e enquanto estou ao lado do berço batendo no bumbum dele, tenho vontade que um buraco muito, muito fundo se abra e que eu caia lá e fique. Que caiam folhas das árvores por cima e que ninguém possa me ver (...) Mas outra de mim aparece, me joga uma corda e me estende a mão. Eu penso bem se vou, se devo ir e a tal força materna reaparece! Eu puxo a corda escalando a terra e quando dou por mim estou de volta. Continuo batendo no bumbum e fazendo “shh”, mas agora com entendimento de que é isso mesmo, dias melhores virão", conta.
Leia relato de Sheron Menezzes na íntegra:
"Meu bebê nunca dormiu bem. Sempre que escutava outras mães dizerem que seus filhos dormiam, eu ficava triste e me perguntava por que o meu não dormia? Eu comparava e às vezes ainda comparo. Mas não dá, não tem comparação. Cada bebê é um bebê e cada mãe é uma mãe. Li vários livros, conversei com muitas pessoas e muitos especialistas. Coloquei em prática alguns métodos que aprendi, mas o padrão de sono dele não melhorava. Mentira, consegui 3h seguidas de sono! Parabéns para mim que só tinha 2h no máximo! Mas ainda não era o suficiente. Resolvi chamar uma consultora do sono. Não via telefone ou online, até porque tentei isso tudo, mas presencial, daquelas que vêm na sua casa e te ensinam uma rotina. Sim! ROTINA. A palavra que eu não suportava e que agora eu imploro. Entendi que o bebê precisa de rotina. Ontem mudamos os hábitos dele e, claro, que ele não gostou. Quem gosta que venha outra pessoa e te diga o que fazer e a hora que fazer? Ele 'sonecou' na hora certa, foi dormir à noite na hora certa, eu não. Fiquei ansiosa esperando o momento que ele ia acordar e eu teria que ir até o quarto dele aplicar o método, de fato, ele acordou algumas vezes, como sempre, nada que em 2 ou 3 minutos, ele não voltasse a dormir. Mas eu não dormi, não cochilei, não descansei esperando a próxima acordada, nada, então apaguei e 1h30 depois, no horário da madrugada de costume, ele acordou. Corri até lá no susto, sem entender bem o que estava acontecendo, apliquei o método e continuei aplicando. Os olhos pesados, o corpo exausto como saído de um treino de luta... mas a força materna não me deixava desistir. Uma hora passou, nada. Uma hora e meia, nada. E, de repente, sou tomada por uma crise de ansiedade que logo se transforma em angústia e enquanto estou ao lado do berço batendo no bumbum dele, tenho vontade que um buraco muito, muito fundo se abra e que eu caia lá e fique. Que caiam folhas das árvores por cima e que ninguém possa me ver. Não tenho vontade de sair, não porque quero ficar lá para todo o sempre, mas por que assim eu posso ficar quietinha, dormindo sem ouvir nada em volta. Mas outra de mim aparece, me joga uma corda e me estende a mão. Eu penso bem se vou, se devo ir e a tal força materna reaparece! Eu puxo a corda escalando a terra e quando dou por mim estou de volta. Continuo batendo no bumbum e fazendo “shhhhhhhhh”, mas agora com entendimento de que é isso mesmo, dias melhores virão. Isso já aconteceu duas vezes nestes oito meses e, nas duas vezes, depois de 1h30, eu surtei! Privação de sono me mata. Mas hoje não, continuo com o pensamento de que tudo vai se acertar. É assim mesmo, eu preciso ensinar o meu filho a dormir. 2h40 depois ele dormiu e eu estou aqui, sem sono, me preparando para o próximo acordar. E o dia que virá, vou continuar e vou conseguir! (Meu filho eu podia estar roubando eu podia estar matando, mas só estou te pedindo 4h seguidas de sono) E com tudo isso, te amo ainda mais. Te amo infinito passarinho."
