Mãe dá à luz em carro no meio da estrada com ajuda do marido: história é incrível

A mamãe Vanessa de Souza Braga, que vive em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, teve um parto totalmente inesperado. A dona de casa, de 28 anos, deu à luz dentro do carro, quando estava a caminho da maternidade. A bebê veio mundo em um parto natural, realizado pela própria mãe, com ajuda do marido. A pequena Marina ainda veio ao mundo com o cordão umbilical enrolado no pescoço.

Em entrevista ao VIX, Vanessa revelou como foi viver este momento tão especial e intenso.

Bebê nasceu no carro: como aconteceu?

Trabalho de parto

Vanessa já é mãe de Lara, de três anos, e teve uma segunda gestação tranquila e de baixo risco, assim, sonhava com um parto o mais natural possível, e seu objetivo era ir para a maternidade apenas na fase ativa do trabalho de parto, sentindo três contrações a cada dez minutos, com duração de um minuto cada.

Certo dia, já na reta final da gestação, ela sentiu as contrações mais intensas: “Acordei às seis da manhã com uma cólica que vinha das costas, ali eu já sabia que ela nasceria naquele dia. Baixei um aplicativo de contar contrações e comecei a marcar. Levantei às sete da manhã, comecei a organizar a casa , passei pano, tirei o pó, e as contrações permaneciam a mesma coisa. Às dez horas senti um líquido escorrer pelas pernas, era bem pouco, mas nesse momento já estávamos saindo de casa e as dores apertaram”, relata.

Parto natural no carro

Vanessa diz que já dentro do carro começou a sentir fadiga e tanta dor que começou a perder os sentidos. No caminho, seu corpo começou a fazer força, e por mais que ela tentasse se segurar, sabia que não daria tempo de chegar à maternidade.

“Já sentia a cabecinha dela coroando, estávamos na estrada e só deu tempo do meu marido encostar o carro. Ele e minha sogra ficaram desesperados, mas eu pedi para que ficassem calmos, porque a bebê já estava nascendo”, conta.

Quando veio a próxima contração, a mamãe diz que a cabeça de sua bebê saiu de seu corpo, preocupando ainda mais seu marido. Entretanto, como já havia lido muitos relatos e assistido à muitos partos, sabia que isso era normal, e bastou apenas mais uma contração para que a bebê saísse por inteira.

Com a pequena Marina já em seus braços, a mamãe viu que o cordão umbilical estava enrolado com duas voltas em seu pescocinho, mas não se desesperou, pois sua filha mais velha também veio ao mundo desta forma e sabia que a situação naquele momento não era de risco. Após sua família acionar o corpo de bombeiros, a equipe a atendeu no local, clampearam o cordão e a placenta e a levaram para a maternidade mais próxima.

“Meu sonho era ter um trabalho de parto bem rápido, claro que eu não queria que ela nascesse dentro do carro, pois poderia acontecer alguma intercorrência. Mas na hora Deus me deu calma, que era só o que eu precisava. Foi tudo natural, com meu esposo ao meu lado, minha filha mais velha perto de mim. Nunca vou apagar da memória a cena dela me olhando e perguntando se era a Marina, abrindo o sorriso mais puro que já vi”, finaliza a mamãe.

Pode ter parto normal com cordão enrolado no pescoço do bebê?

De acordo com o ginecologista e obstetra Mário de Barros, chefe de obstetrícia do Hospital Pasteur, no Rio de Janeiro, ao contrário do que se pensa, o bebê ficar com o cordão umbilical enrolado no pescoço é muito comum e nem sempre é considerado um quadro grave.

Geralmente isso ocorre devido ao comprimento dos cordões, que podem medir mais 70 cm, e este fato não impede que o bebê venha ao mundo em um parto normal, como no caso da pequena Marina.

"O cordão pode estar enrolado, porém frouxo, permitindo sem prejuízos o parto normal. Pode acontecer uma obstrução do fluxo sanguíneo e, mesmo assim, é algo que pode ser previsto. Se o cordão estiver apertado, causando prejuízo no ritmo do batimento cardíaco do feto, como bradicardia persistente ou arritmia, opta-se pela cesariana", diz o especialista.

Contudo, como disse a própria mamãe Vanessa, que por um acaso do destino não teve tempo de chegar ao hospital, o ideal é sempre ter acompanhamento especializado para avaliar o bebê e para que, assim, haja um parto totalmente seguro.

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