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"saúde do bebê"-Mulher

7 procedimentos comuns que NÃO precisam ser feitos logo que o bebê nasce

Publicado 22 Mar 2018 – 12:15 PM EDT | Atualizado 22 Mar 2018 – 12:15 PM EDT
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São incontáveis as novidades que são apresentadas ao bebê assim que ele nasce. O que era comum dentro do útero se desfaz e novos estímulos, cheiros e sons invadem seu mais novo mundo.

É também nesse momento que uma série de procedimentos médicos fazem fila para serem realizados, mas verdade é que, se  o recém-nascido não possui nenhuma complicação, o ideal é que ele fique no peito da mãe nesses primeiros minutos tão intensos e transformadores de vida, lugar onde vai se sentir seguro e amado para vivenciar e se adaptar a tudo isso.

Mesmo frente a essa situação, é bastante comum que procedimentos sem urgência ganhem prioridade e marquem os primeiros momentos de vida do pequeno.

Procedimentos realizados no recém-nascido

Cortar o cordão umbilical

O corte do cordão umbilical geralmente ocorre assim que o bebê nasce. O recomendado, no entanto, é esperar alguns instante até que o cordão pare de pulsar, ou até que haja a expulsão da placenta. O clampeamento antecipado do cordão pode, de acordo com evidências científicas, aumentar a incidência de anemia na infância.

Aspiração gástrica

A grande maioria dos recém-nascidos não precisa passar pela limpeza gástrica imediatamente após o nascimento. O procedimento deve ser realizado em situações específicas como se, por exemplo, o bebê nascer com muito mecônio. Mas, de acordo com especialistas, a aspiração não deve ser realizada sem necessidade, situação que é frequente nos hospitais.

Aspiração das vias aéreas

Assim como o caso anteriores, a aspiração das vias aéreas é orientada em algumas situações específicas, mas, geralmente, não deve fazer parte dos procedimentos listados logo após o parto. Até porque a grande maioria dos bebês saudáveis nascem já perfeitamente capazes de limpar suas próprias vias aéreas tossindo e espirrando.

Sondagem anal

É comum introduzir uma sonda no ânus do bebê para verificar se a passagem está desobstruída. Nesse caso, antes de realizar o procedimento é possível esperar ao menos 24 horas para observar se o recém-nascido evacua, antes de seguir o protocolo.

Credé - Colírio de Nitrato de Prata

Após passar por tantas aspirações - que já geram estresse ao recém nascido - por insistência de alguns profissionais, o pequeno ainda tem que encarar a ardência e o desconforto do colírio. Eficaz apenas para bebês que nasceram de parto natural e cuja mãe tem gonorréia, o colírio não precisa ser usado se a mãe passou por um exame específico para detectar a DST no pré-natal. Para bebês nascidos de cesáreas, não há motivos para usar o colírio já que eles não passaram pelo canal vaginal e, portanto, não correm nenhum risco de terem se contaminado com a bactéria.

Banho dado pela equipe de enfermagem

É comum o bebê ser submetido a um banho logo depois de nascer, para que seja entregue “limpinho” para a família. Ocorre que o que é tido como “sujeira”, na verdade, é o vérnix caseoso, uma proteção natural do pequeno.

O vérnix é uma camada gordurosa que se forma sob a pele do bebê por causa do acúmulo de secreção das glândulas sebáceas, normalmente dura no corpo do pequeno por até 24h. De acordo com recomendações da Organização Mundial de Saúde, o vérnix caseoso não deve ser removido imediatamente após o parto; o banho deve ser adiado por até seis horas após o nascimento.

Existem alguns casos específicos em que o banho é imediato, como por exemplo no caso de bebês de mães com HIV, histórico de infecções prévias e perinatais e em casos de líquido amniótico meconial ou fétido. Caso contrário, o bebê pode ficar no colo da sua mãe e tomar banho só mais tarde, com a mãe, pai ou outro acompanhante,

Separar o recém-nascido da mãe

Nos partos hospitalares é comum o médico permitir apenas um breve contato do bebê com a mãe na sala de parto antes de encaminhá-lo para o berçário, para ficar em observação entre duas a quatro horas.

Esse protocolo não só é injustificável no caso de um bebê saudável, como não é recomendado pelo Ministério da Saúde, nem pela Organização Mundial da Saúde. Uma vez saudável, o bebê deve poder ficar no colo da mãe, onde pode se acalmar naturalmente ouvindo a sua voz e sentindo o corpo que lhe é tão familiar, além de mamar na primeira hora de vida, essencial para a formação da sua imunidade.

Bebê recém-nascido

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