Cesáreas no Brasil serão monitoradas online por Ministério da Saúde: a partir de quando?
Uma gestação é marcada por muitos sentimentos diferentes e um deles pode ser a insegurança, que aparece até na hora de escolher como o bebê virá ao mundo. Muitas mulheres, inclusive, sentem esse medo - o que é bastante natural.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) o ideal é que as mães só façam cesáreas quando for realmente necessário e se o parto natural representar riscos à saúde da mulher e do bebê, mas no Brasil os índices mostram que a cirurgia vem sendo feita de forma aleatória.
Diante disso, incentivos ao parto normal vêm surgindo, como o projeto Parto Adequado, criado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que, em três anos, evitou que 10 mil cesáreas fossem realizadas desnecessariamente em 35 hospitais como o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o Sophia Feldman, em Belo Horizonte, e o Agamenon Magalhães, em Pernambuco.
Agora, chegou a vez do Ministério da Saúde criar um método de fiscalização dos partos.
Monitoramento do parto
Com o intuito de reduzir as cesarianas que não sejam necessárias, o Ministério da Saúde decidiu criar um sistema de monitoramento online. Assim, é possível acompanhar como os partos estão sendo feitos nos serviços do SUS (Sistema Único de Saúde).
O ideal, no momento de decidir o que será feito, é que a equipe médica e a gestante analisem juntas o que é melhor para a saúde da mãe e do bebê.
O monitoramento poderá ser feito através do site da Secretaria de Vigilância em Saúde por gestores e até por usuários do SUS. A partir do dia 19 março isso já será possível.
Os índices já vêm melhorando desde 2016 e, em 2017, aconteceram 2,7 milhões de partos no Brasil, sendo que 58,1% foram normais e 41,9% cesarianas só nos serviços de saúde públicos.
O Ministério também quer melhorar a saúde da mulher em outros aspectos e para isso a pasta promete desembolsar R$ 14 milhões, que servirão para os municípios investirem na área. Com isso, os locais têm metas para alcançar até 2022, entre elas, a redução da gravidez não planejada durante adolescência, com queda de 17,5% para 15%, inclusão de idosas no planejamento de saúde sexual, ampliação de oferta de DIU de cobre em 20% na Atenção Básica e crescimento de pré-natal de parceiros de 37% para 67%.