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Decisão de Luana Piovani de não bater mais no filho transformou a rotina familiar em casa

Publicado 25 Jan 2018 – 12:00 PM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 04:46 PM EDT
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Além dos compromissos profissionais, Luana Piovani costuma se dividir como mamãe de Dom, de cinco anos, e dos gêmeos Liz e Bem, de dois aninhos, todos frutos de seu relacionamento com o surfista Pedro Scooby, com quem é casada desde 2013.

A rotina intensa com as três crianças acabou rendendo assunto para um vídeo no canal pessoal da atriz no YouTube, onde ela decidiu abordar um tema que inquieta muitas famílias Brasil afora: a educação pela palmada.

Na gravação, a artista decidiu compartilhar com os internautas uma situação que viveu ao lado do filho mais velho e usou essa experiência para explicar como transformou seu modo de disciplinar os pequenos. Entenda:

Luana Piovani e o filho Dom

Luana lembrou um episódio recente em que o marido estava viajando, por conta de uma competição fora do País, e teve de ficar em casa sozinha com as crianças. Nesse período, de acordo com ela, o primogênito Dom, que é muito apegado ao pai, acabou dando um pouco mais de trabalho, “testando” sua paciência.

Dizendo que é acostumada a dar tapas e puxões de orelha nas crianças, a atriz contou que já tinha brigado de todos os jeitos com o menino quando teve um estalo na consciência: cansada de puni-lo fisicamente, ela prometeu que nunca mais iria bater no filho.

Diante da situação, porém, ela percebeu que iria precisar encontrar outra maneira de disciplinar Dom e o colocou de castigo, sozinho, no quarto por duas horas.

“Ele virou uma ovelha, foi a melhor coisa que eu fiz. Ontem, ele me perguntou: ‘Por que você não vai mais me bater?’. E eu falei: ‘Já te expliquei, meu filho. Toda vez que eu dou um tapa na sua bunda, eu fico muito triste. Eu te amo e eu preciso te ensinar a ser uma pessoa bem educada. É meu papel cuidar de você, te ensinar’. [...] Funcionou e eu estou muito feliz, porque eu não quero mais bater no meu filho e surtiu muito mais efeito”, afirmou.

Fim do castigo com palmada

No vídeo, a atriz também conta que discutiu o tema com sua terapeuta, que comemorou o fim das palmadas em Dom. Sobre isso, aliás, Luana disse que a especialista a alertou para o risco de o menino criar uma relação de violência contra a mulher, o que pode causar danos nefastos na criança quando ela crescer.

“Quando ela me falou que ele pode ligar violência à mulher, me deu um mal-estar tão grande e, ao mesmo tempo, um alívio de ter tomado essa decisão por mim mesma. Eu não acho errado dar tapa na bunda, porque eu acho que às vezes precisa. Eu tomei e me sinto bem-educada, acho que tudo que minha mãe fez comigo surtiu efeito. Mas, de qualquer maneira, me causava uma sensação muito ruim quando acontecia isso com o Dom. Estou feliz de não viver mais isso e de poder dizer que vale a pena tentar achar outra saída que não seja o tapa", declarou.

Esclarecendo a punição que aplicava dentro de casa, Luana fez questão de dizer que nunca espancou o menino e que aplicava o chamado “tapa educativo”. “Eu nunca surrei o meu filho, ele nunca ficou com marcas, nem nada disso. Mas não deixa de ser uma violência, afinal de contas nós somos maiores e mais fortes", afirmou.

Lei Menino Bernardo

A experiência descrita não é exclusiva da atriz e muitos pais ainda se questionam sobre como devem proceder na hora de disciplinar seus filhos. A cultura da palmada é antiga e, recentemente, foi colocada em xeque por educadores e especialistas que condenam as agressões no âmbito familiar.

Não à toa, desde 2014, está em vigor no Brasil a Lei Menino Bernardo, também conhecida como “Lei da Palmada”, que luta contra a violência infantil no País. De acordo com ela, pais ou responsáveis legais de crianças e adolescentes são proibidos de usarem castigos físicos e humilhantes como forma de correção e disciplina.

Vale dizer que os efeitos dessas agressões nas crianças podem ser variados e dependem muito da experiência de vida e da configuração familiar. Porém, uma consequência direta da palmada é o aprendizado, por parte de quem apanha, de que a violência é uma maneira plausível e aceitável de solucionar conflitos ou diferenças.

Embora existam muitos motivos pelos quais os adultos batem nas crianças, é preciso que os pais ou responsáveis entendam que é possível educar sem agredir, para que haja o rompimento do ciclo da violência dentro e fora dos lares. É claro: não existe uma receita para garantir que o relacionamento na família seja sempre tranquilo, mas é importante saber é possível resolver certas questões de outras maneiras, assim como fez Luana Piovani com seu filho Dom.

Aprendizados na relação de mãe e filho

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