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Criança que demora para falar pode ter problema pouco conhecido, mas bem comum

Publicado 14 Fev 2018 – 05:30 PM EST | Atualizado 28 Mar 2019 – 12:27 PM EDT
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As crianças são muito diferentes umas das outras, não há regras ou certo ou errado. Quanto à fala, isso também não muda. Umas falam mais, outras demoram a falar por vergonha e outras realmente não falam mesmo, e o que muitas mães não imaginam é que isso pode significar muito mais do que timidez.

Os pais devem ligar sim um alerta quando seus filhos demoram um pouco para pronunciar sua primeira palavra, e até mesmo para formar frases. Isso pode ser apraxia de fala.

O que é apraxia de fala?

A apraxia de fala é um distúrbio neurocomportamental que afeta a habilidade da criança em produzir e sequenciar os sons da fala. É como se ela soubesse o que quer dizer, mas seu cérebro falha ao planejar a sequência de movimentos para produzir os sons que formam as sílabas, palavras e frases.

É comum?

Uma a duas crianças em cada mil podem ter apraxia, que pode não estar ligada a nenhum outro quadro ou estar atrelada a outras condições, como síndrome de down ou autismo.

Sinais de apraxia

A Associação Brasileira de Apraxia de Fala na Infância listou alguns sinais que podem ajudar os pais a identificarem a doença e buscarem tratamento.

  • Balbucio limitado ou bebês quietinhos;
  • Repertório de fonemas pequeno;
  • Erros ou trocas inconsistentes de palavras;
  • Aumento de erros ou dificuldades com as sílabas;
  • Omissões de sílabas, especialmente as iniciais;
  • Erros ao falar vogais;
  • Fala monótona, falta emoção na fala;
  • Perda de palavras ditas anteriormente;
  • Dificuldades com respostas voluntárias;
  • Dificuldades na coordenação motora fina, além de dificuldades em se alimentar e sorrir, entre outros.

Como detectar?

Ao notar qualquer alteração ou atraso na fala, assim como algum dos sinais acima, procure um fonoaudiólogo, que é quem pode fazer um diagnóstico correto e indicar um tratamento.

Há tratamento?

Sim. Diagnosticada corretamente, a criança pode precisar de um tratamento multidisciplinar, dependendo do nível da doença.


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Como ajudar?

Os pequenos que têm apraxia precisam se sentir acolhidos, pois não têm preguiça, realmente têm uma dificuldade. Seja compreensível e não os pressione para falar. Para ajudá-los, algumas atitudes simples podem contribuir e muito para sua melhora, como estabelecer rotinas e regras em casa, cuidar do ambiente familiar e investir em comunicações complementares, como tablets.

Com uma terapia fonoaudióloga e o suporte da escola e família, as crianças terão progresso na fala.

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